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Agência de Assuntos Culturais do Japão Propõe Revisão Histórica nas Regras de Romanização

- 10 de janeiro de 2025

Sistema Hepburn pode se tornar padrão oficial no Japão. Alinhamento com a fonética inglesa facilita uso internacional

TÓQUIO, Japão — Pela primeira vez em quase 70 anos, a Agência de Assuntos Culturais está analisando mudanças nas regras de romanização da língua japonesa. A proposta busca modernizar o sistema utilizado, promovendo clareza e uniformidade para uso nacional e internacional.

Proposta: Adoção do Sistema Hepburn

O sistema de romanização Hepburn, criado no final do século XIX pelo missionário americano James Curtis Hepburn, foi sugerido como base para o novo padrão. Conhecido por se alinhar mais à fonética inglesa, o Hepburn é amplamente utilizado em placas de trânsito, estações ferroviárias e passaportes japoneses.

Atualmente, o Kunrei-shiki é o sistema oficial, regulamentado desde 1954. Esse método, ensinado nas escolas primárias japonesas, usa combinações regulares de consoantes e vogais, como “si” em vez de “shi” e “ti” em vez de “chi”.

Ajustes Propostos

Embora o plano seja fundamentado no sistema Hepburn, ele inclui algumas modificações:

  • Vogais Longas: O uso do mácron ( ō ) será padrão para indicar sons prolongados, mas será permitido o uso de combinações de vogais como “oo”. Por exemplo, “ōkami” (lobo) poderá ser escrito como “ookami”. A alternativa foi pensada para facilitar a digitação em dispositivos eletrônicos.
  • Consoante ‘n’ Antes de ‘b’, ‘m’ e ‘p’: Atualmente, o Hepburn usa “m” nessas situações (ex.: “shimbun”). A revisão sugere padronizar o uso de “n”, como em “shinbun”.
  • Flexibilidade Internacional: Formas já consagradas no exterior, como “judo” (sem mácron) ou “Ohtani” (com “h” adicionada), continuarão a ser aceitas.

Impacto e Implementação

Apesar das mudanças propostas, as autoridades afirmam que não será exigida uma transição imediata para o novo padrão. O objetivo é oferecer uma diretriz flexível, permitindo a coexistência com sistemas populares e respeitando tradições locais, como o caso do nome “Nihombashi”, que mantém a grafia com “m” apesar das regras atuais.

Com essa revisão, a agência busca facilitar a comunicação global e ao mesmo tempo preservar a essência da língua japonesa. Comentários públicos estão sendo coletados para avaliar a aceitação e possíveis ajustes no plano.

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