Assédio sexual contra mulheres empreendedoras no Japão: pesquisa revela números alarmantes e vítimas exigem proteção legal. Entenda a situação e o apelo por mudança.
O assédio sexual contra mulheres empreendedoras no Japão é uma realidade alarmante, com investidores frequentemente figurando como os principais perpetradores. A vulnerabilidade dessas mulheres, que dependem de investimento para seus negócios, dificulta a denúncia dos abusos. Um grupo de vítimas se uniu para exigir do governo a criação de leis que garantam proteção contra o assédio.
“Não tive escolha”: Relatos de Assédio
Uma jovem empreendedora de Yokohama, na casa dos 20 anos, compartilhou sua experiência angustiante. Durante um jantar com um funcionário de uma empresa de investimentos, ela foi alvo de comentários perturbadores e ameaçadores. Apesar do desconforto, o medo de prejudicar seus negócios a impediu de reagir. O apoio insuficiente de colegas só agravou seu sofrimento, levando ao desenvolvimento de um transtorno de adaptação.
A Pesquisa Reveladora: Números Alarmantes
Uma pesquisa da Eirene Management School revelou que 52,4% das mulheres empreendedoras sofreram assédio sexual nos últimos 12 meses. Investidores e funcionários de empresas de investimento foram identificados como os principais agressores. A maioria das vítimas silencia seus relatos por medo de retaliação e danos aos relacionamentos profissionais.
A Desproteção Legal e o Apelo por Mudança
Apesar da Lei de Igualdade de Oportunidades de Emprego, que protege funcionários contra o assédio, empreendedores não estão amparados pela legislação. O grupo “Startup Union”, formado por vítimas, exige a expansão da proteção legal para empreendedores, que muitas vezes ocupam cargos de gestão. O objetivo é criar um ambiente seguro e igualitário para mulheres no mundo dos negócios.
A Necessidade de Medidas Eficazes
Especialistas como Yuichiro Mizumachi, professor de direito trabalhista, defendem a criação de medidas preventivas e eficazes para proteger diretamente as empreendedoras do assédio. O governo é instado a expandir o escopo da lei e estabelecer canais de denúncia acessíveis.
**Portal Mundo-Nipo**
Sucursal Japão – Tóquio
