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Astroscale faz progresso significativo na remoção de detritos espaciais com novas tecnologias

- 3 de abril de 2025
A Astroscale dá um passo importante na remoção de detritos espaciais, com tecnologias inovadoras e planos para começar a limpeza até 2028.

A Astroscale dá um passo importante na remoção de detritos espaciais, com tecnologias inovadoras e planos para começar a limpeza até 2028.

A Astroscale Japan Inc. anunciou recentemente um marco significativo em sua missão de remover o lixo espacial da órbita terrestre. A startup, com sede em Tóquio e especializada em tecnologias para remoção de detritos espaciais, conseguiu se aproximar com sucesso de um pedaço de detrito orbital viajando em alta velocidade, a uma distância de cerca de 15 metros.

O futuro da remoção de lixo espacial

Com o objetivo de resolver um dos maiores problemas da exploração espacial, a Astroscale planeja começar a remover lixo espacial da órbita até o final de março de 2028. Hideki Kato, presidente da Astroscale, comentou em uma entrevista coletiva que, além de remover detritos, a empresa também está explorando o desenvolvimento de serviços para reabastecer satélites no futuro. A missão da empresa visa fornecer um “serviço de estrada espacial” para ajudar a limpar e manter o ambiente orbital.

O problema crescente do lixo espacial

O volume de lixo espacial em órbita continua a aumentar significativamente, representando uma ameaça à segurança das missões espaciais. De acordo com estimativas da Agência Espacial Europeia, existem atualmente mais de 40.500 pedaços de lixo espacial com mais de 10 centímetros de tamanho, além de 1,1 milhão de pedaços entre 1 e 10 cm. Esse acúmulo de detritos pode gerar colisões que quebram os objetos em pedaços ainda menores, amplificando o problema.

Em 2021, um pedaço de lixo espacial causou danos ao braço robótico da Estação Espacial Internacional (ISS), evidenciando o risco crescente do acúmulo de detritos em órbita.

Desafios da remoção de lixo espacial

A remoção de lixo espacial é um grande desafio devido à velocidade dos detritos, que viajam de 7 a 8 vezes a velocidade de uma bala de rifle, e a falta de localizações precisas dos objetos. Apesar dessas dificuldades, a Astroscale conseguiu realizar uma manobra bem-sucedida com um satélite artificial lançado em fevereiro de 2024, que se aproximou de um estágio superior de foguete H-IIA nº 15 de 2009, medindo 11 metros de comprimento.

Primeiros sucessos e planos futuros

O satélite da Astroscale utilizou tecnologia de raios infravermelhos e outros sensores para localizar com precisão o detrito, realizar manobras ao redor dele e se aproximar a uma distância de 15 metros. A empresa afirma que os resultados superaram as expectativas, marcando a primeira conquista pública do mundo para este tipo de missão. O próximo passo da Astroscale será lançar outro satélite até 2028, que usará um braço robótico para capturar um pedaço de detrito e trazê-lo de volta à atmosfera da Terra para desintegrá-lo.

O futuro da limpeza orbital

A Astroscale está pavimentando o caminho para a remoção de lixo espacial, uma área essencial para a segurança das futuras missões espaciais. Com novos satélites e tecnologias avançadas, a empresa planeja não só remover detritos mas também desenvolver serviços inovadores, como o reabastecimento de satélites, que podem revolucionar a indústria espacial.

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