O Brasil assinará em conjunto com os EUA e Japão uma declaração de aliança estratégica de segurança da informação que tem como alvo a empresa chinesa Huawei.
EUA pressiona os parceiros na escolha de colaboradores confiáveis para a montagem da infraestrutura 5G. Diplomatas brasileiros mostram-se preocupados em afrontar o principal parceiro comercial brasileiro, a China. Isso pode ser esclarecido com os números de exportação do Brasil à China, entre janeiro e setembro, o Brasil exportou US$53,3 bilhões para a China.
Os EUA são antagonistas do governo chinês no plano global, os japoneses no regional. Os japoneses vislumbraram a proximidade do presidente Jair Bolsonaro com Donald Trump, fator primordial para o ingresso do Brasil neste grupo trilateral. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, entusiasmou com a oportunidade de participar deste grupo. O vice-presidente é mais cauteloso, ele teme a colisão do Brasil com Pequin.
No final de outubro, Bolsonaro teve a visita da delegação americana chefiada pelo Conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Robert O’Brien. A visita nada mais era do que formar um lobby para apoiar as convicções americanas em relação a gigante de telecomunicação chinesa.
O leilão de frequência do %G no Brasil é previsto para 2021, uma vez finalizada a infraestrutura, as operadoras deverão escolher seus fornecedores.
O Japão já implementou bloqueios para a participação da Huawei no mercado local. Falta ao Brasil escolher a quem irá tomar partido.
Portal Mundo-Nipo
Sucursal Japão Tóquio
Jonathan Miyata