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Brasil flerta com uma crise comercial e diplomática com a China

- 4 de novembro de 2020

O Brasil assinará em conjunto com os EUA e Japão uma declaração de aliança estratégica de segurança da informação que tem como alvo a empresa chinesa Huawei.

EUA pressiona os parceiros na escolha de colaboradores confiáveis para a montagem da infraestrutura 5G. Diplomatas brasileiros mostram-se preocupados em afrontar o principal parceiro comercial brasileiro, a China. Isso pode ser esclarecido com os números de exportação do Brasil à China, entre janeiro e setembro, o Brasil exportou US$53,3 bilhões para a China.

Os EUA são antagonistas do governo chinês no plano global, os japoneses no regional. Os japoneses vislumbraram a proximidade do presidente Jair Bolsonaro com Donald Trump, fator primordial para o ingresso do Brasil neste grupo trilateral. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, entusiasmou com a oportunidade de participar deste grupo. O vice-presidente é mais cauteloso, ele teme a colisão do Brasil com Pequin.

No final de outubro, Bolsonaro teve a visita da delegação americana chefiada pelo Conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Robert O’Brien. A visita nada mais era do que formar um lobby para apoiar as convicções americanas em relação a gigante de telecomunicação chinesa.

O leilão de frequência do %G no Brasil é previsto para 2021, uma vez finalizada a infraestrutura, as operadoras deverão escolher seus fornecedores.

O Japão já implementou bloqueios para a participação da Huawei no mercado local. Falta ao Brasil escolher a quem irá tomar partido.

Portal Mundo-Nipo
Sucursal Japão Tóquio
Jonathan Miyata