
Descubra como um grupo feminino em Nagoya revitaliza o chindonya, a vibrante arte de rua japonesa! Conheça o Bentenya e sua líder, Suzy.
Em Nagoya, uma mulher dedicou sua vida à tradicional e colorida arte de performance de rua japonesa conhecida como chindonya. Através de seu grupo feminino musical, Bentenya, ela não apenas revive essa forma de arte, mas também encanta e inspira o público com suas apresentações vibrantes. O grupo chindonya Nagoya liderou o desfile de associações comunitárias no Festival de Hadaka em Inazawa, província de Aichi, em fevereiro, oferecendo bolinhos de arroz kagami-mochi.
Bentenya: O Grupo Feminino que Mantém Viva a Tradição Chindonya
Com sede no bairro de Moriyama, em Nagoya, o Bentenya é composto exclusivamente por mulheres e tem sido uma presença constante no Festival de Hadaka nos últimos 15 anos. Seus cabelos coloridos, trajes extravagantes e apresentações musicais habilidosas conquistaram uma sólida reputação na comunidade. Nagano, da Associação Comunitária de Nagoya Moriyama, relembra que a energia do Bentenya transformou o evento, que antes parecia “muito silencioso”.
“Nós nos apresentamos com orações para que os infortúnios sejam tirados de todos”, explica Suzy, a líder da trupe chindonya. Todos os membros do Bentenya são músicos talentosos, e suas performances energéticas são sempre um dos pontos altos dos eventos em que participam, mostrando a beleza da arte de rua Japão.
Suzy e a Paixão pelo Chindonya em Nagoya
Suzy, cujo nome verdadeiro é Miho Yokoe, administra o Bentenya de seu escritório em casa, carinhosamente chamado de “Suzy House”, localizado em uma área residencial de Nagoya. Ela cuida de todos os aspectos do grupo, desde o agendamento e o contato com os clientes até o pagamento dos membros. Apesar dos desafios financeiros, Suzy permanece dedicada a compartilhar a alegria através da música chindonya Nagoya.
Sua paixão pela música começou na universidade, onde se apaixonou pelo saxofone e tocou em uma banda. Mesmo após iniciar sua carreira profissional, ela continuou suas atividades musicais, misturando jazz com música pop japonesa. Seu espírito contagiante frequentemente a fazia ser comparada a uma artista chindonya.
Um convite para se apresentar em uma feira de negócios no estilo chindonya mudou sua vida. A recepção positiva foi tão grande que, há 15 anos, ela tomou a decisão de deixar seu emprego e se dedicar integralmente a essa arte tradicional. “Eu me perguntava o que eu poderia fazer como mulher, como pessoa. Se ser uma chindonya pudesse trazer felicidade às pessoas, então talvez este fosse o melhor trabalho que eu poderia fazer”, recorda Suzy.
Desafios e a Dedicação à Música Tradicional Japonesa
Embora seja financeiramente desafiador para os sete membros do Bentenya viverem apenas do trabalho de chindonya, Suzy permanece firme em seu compromisso de compartilhar a alegria da vida através da música. Seus pais, que inicialmente não apoiavam sua escolha de carreira, hoje são seus maiores fãs. “No começo, eu era totalmente contra. Eu só esperava que ela se casasse e vivesse uma vida normal”, confessa sua mãe, Takako. Seu pai, Shusuke, que também tocou em uma banda de jazz na juventude, acrescenta: “No final, acredito que ela deve seguir sua paixão”.
Em abril, o Bentenya participou do Concurso All-Japan Chindon, realizado na cidade de Toyama, onde 28 grupos de todo o país competiram em habilidade musical e humor. Mais uma vez, Suzy e sua equipe se destacaram, mostrando a vitalidade da música tradicional japonesa. “Continuar tocando a música que amo e nunca desistir da chindonya trouxe alegria a outras pessoas. Só isso já vale a pena”, conclui Suzy.


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