Em frente as casas do Japão existem placas com o sobrenome da família indicando quem são os moradores de lá.
Hoje em dia é impossível pensar em um ser humano que não possua um sobrenome. Porém houve um tempo em que eles só existiam para um seleto grupo de pessoas: as elites dominantes.
Durante séculos o uso do sobrenome era restrito a nobres, aristocratas e realeza. Isso se explica por diversos motivos. um deles é a densidade demográfica dos tempos antigos.
Então, durante muitos séculos e até mesmo milênios, as pessoas se identificavam com seu primeiro e com o nome de seus pais, por exemplo, “Yamada, filho de Hiroshi”.
Em 1587 no Japão, Toyotomi Hideoshi decretou que o uso de sobrenomes era restrito aos samurais. Com isso, mais de 90% da população japonesa perdeu o direito de usar um nome de família.
Mas com as expansões dos vilarejos e cidades ao longo do tempo, identificar as pessoas apenas pelo primeiro nome começou a se tornar impraticável.
Por isso, os plebeus e camponeses passaram a utilizar um sobrenome de família de maneira informal e apenas na região onde viviam.
Somente em 1875 durante o período da Restauração Meiji as pessoas comuns foram autorizadas a utilizarem um sobrenome oficialmente.
Antes do dia primeiro de setembro de 1923, a cultura de identificar qual família morava em uma casa não existia. Tudo mudou com o grande terremoto de Kanto, que trouxe consigo a tsunami e grandes incêndios ao Japão.
Foi então que as placas com sobrenomes surgiram. Um método encontrado pelos sobreviventes da tragédia para que as pessoas desaparecidas pudessem encontrar a casa onde suas famílias estavam vivendo.
Com o passar do tempo, essa forma de esperança se tornou um hábito comum em todo país.
Fonte: Mundo-Nipo