
Distribuição do arroz estocado no Japão avança lentamente e gera preocupação entre consumidores e especialistas do setor.
O arroz estocado pelo governo japonês, leiloado em março, ainda não chegou de forma significativa aos consumidores finais. Segundo o Ministério da Agricultura, até 13 de abril, apenas 1,4% das cerca de 210.000 toneladas disponibilizadas haviam chegado ao varejo.
Situação atual da liberação do arroz estocado
O Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca realizou dois leilões do arroz estocado em março. Desde então, a liberação tem ocorrido de forma gradual. Os principais distribuidores, como a Zen-Noh (Federação Nacional das Associações de Cooperativas Agrícolas), receberam 137.879 toneladas — cerca de 64,7% do total.
No entanto, apenas 20.073 toneladas foram repassadas aos atacadistas. Isso significa que mais de 90% do arroz estocado ainda não chegou aos pontos de venda, mesmo após mais de duas semanas do início das entregas.
Motivos da lentidão na distribuição
O atraso se deve a uma série de fatores operacionais, como:
- Processos administrativos burocráticos
- Coordenação logística com motoristas de caminhão
- Polimento e embalagem do arroz pelos atacadistas
Esses processos exigem tempo e planejamento, o que tem dificultado a chegada rápida do arroz estocado às prateleiras.
Impactos para consumidores e mercado
A lentidão na distribuição do arroz estocado tem gerado preocupação entre os consumidores e profissionais do setor, especialmente em um cenário de demanda crescente por alimentos básicos no Japão.
Especialistas alertam que, caso os gargalos logísticos não sejam resolvidos com agilidade, os preços podem subir, e a confiança do público nas ações do governo pode ser afetada.
Considerações finais
A situação reforça a importância de uma gestão mais eficiente na cadeia de suprimentos de produtos essenciais como o arroz. A expectativa é que o Ministério adote medidas para acelerar a liberação, garantindo o abastecimento regular e a estabilidade do mercado.


**Portal Mundo-Nipo**
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