O período de fim de ano e Ano Novo em Tóquio é marcado por um aumento significativo na geração de lixo, pressionando os aterros sanitários da cidade, que estão próximos de sua capacidade máxima. Apesar da grande quantidade de resíduos produzidos diariamente nos 23 bairros de Tóquio, muitos moradores desconhecem o destino final desses materiais. Uma análise dos resíduos combustíveis do bairro de Suginami revela o complexo processo de descarte de lixo na cidade.
Os resíduos coletados em Suginami são inicialmente levados para a Usina de Incineração local, onde são queimados, reduzindo seu volume para um vigésimo do tamanho original. Diferente das práticas anteriores de aterro direto, os avanços nas instalações de incineração permitem a queima completa dos resíduos. As cinzas resultantes são transportadas para um aterro final localizado a sudeste de Odaiba, na área da baía, que também foi sede das Olimpíadas de Tóquio.
Este aterro, que originalmente fazia parte do mar, está em operação desde 1973 e se expandiu gradualmente ao longo dos últimos 51 anos. No entanto, projeções indicam que, em aproximadamente 50 anos, o local atingirá sua capacidade máxima. Sem alternativas viáveis devido às restrições de rotas de transporte, Tóquio enfrenta um desafio urgente.
Moradores têm expressado preocupações e sugerido medidas como o incentivo ao uso de sacolas ecológicas e práticas adequadas de reciclagem. As autoridades destacam as implicações mais amplas, ressaltando que o descarte de lixo consome uma quantidade significativa de energia. A redução do desperdício é vista como um passo crucial para alcançar uma sociedade descarbonizada.
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