
Moradores de Shiroi, Chiba, lutam contra a construção de data centers em áreas residenciais, temendo sobrecarga, bloqueio de luz solar e desvalorização de imóveis. Acompanhe essa batalha pela preservação da qualidade de vida!
A cidade de Shiroi, na província de Chiba, no Japão, está no centro de uma acalorada disputa. Moradores locais estão se mobilizando contra um plano de construção de data centers em áreas residenciais, argumentando que os edifícios projetados são muito altos, sobrecarregarão a infraestrutura da região e bloquearão a luz solar, impactando negativamente a qualidade de vida e o valor de suas propriedades.
A Batalha de Sakuradai
No distrito de Sakuradai, a GLP Japan Inc., empresa conhecida por construir grandes centros logísticos em todo o país, planeja erguer três prédios de data centers com alturas entre 31,8 e 33,5 metros em um terreno de 3,6 hectares, em frente a um complexo de apartamentos de sete andares. A proximidade dos edifícios, que serão 1,7 vezes mais altos que os prédios residenciais e estarão a apenas 43-60 metros de distância, levou os moradores a formar um grupo para lutar pela preservação do bairro.
Satoru Nagashima, representante do grupo, expressa a preocupação dos moradores com a altura dos edifícios, que criarão uma atmosfera opressiva, além dos riscos de segurança relacionados aos tanques de óleo pesado que serão instalados no subsolo e o impacto na luz solar e nos valores das propriedades.
A Luta em Fuku
No distrito de Fuku, a empresa planeja construir um data center em um local de 13 hectares próximo à Estação Shiroi. A área, cercada por uma escola secundária e um distrito residencial de baixa altura, é uma área de controle de urbanização, onde a construção de edifícios é restrita.
Após a oposição dos moradores ao plano original, que previa um prédio de 40 metros de altura, a GLP Japan Inc. apresentou um plano revisado, com um prédio com terraço de até 26 metros de altura. No entanto, a empresa voltou atrás e apresentou um novo plano, com a altura do edifício de volta aos 40 metros, o que revoltou os moradores.
Satoshi Oikawa, advogado e morador local, critica a manobra da empresa, que considera uma violação da Lei de Planejamento Urbano. Oikawa chegou a entrar com uma ação judicial para bloquear a decisão de planejamento da cidade, mas o caso foi indeferido.
A Reação da GLP Japan Inc.
Questionada sobre a disputa, a GLP Japan Inc. afirma que não pode responder a nenhuma pergunta, pois não anunciou nenhum plano de construção nem divulgou locais relevantes.
Conclusão
A disputa em Shiroi é um exemplo de como a construção de grandes empreendimentos pode gerar conflitos com moradores, que temem impactos negativos em sua qualidade de vida. A luta dos moradores de Shiroi por seus direitos e pela preservação de seu bairro continua, e o caso serve de alerta para a necessidade de um planejamento urbano mais participativo e transparente.


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