Vitimização Secundária: O Impacto do Abandono Institucional. Entenda as consequências psicológicas enfrentadas por estudantes vítimas de abuso.
Em Tóquio, investigações revelaram que autoridades educacionais em duas cidades japonesas não responderam adequadamente a casos de violência sexual entre estudantes, resultando em vitimização secundária para uma das vítimas.
No primeiro incidente, ocorrido em Chigasaki, na Prefeitura de Kanagawa, uma aluna da segunda série foi tocada de forma inapropriada por colegas mais velhos em 31 de maio. A menina relatou à mãe que três alunos mais velhos se revezaram tocando sua virilha por cima das roupas durante o recreio. Quando questionados, os meninos deram explicações inconsistentes com o relato da vítima, alegando que tocaram a menina no abdômen ou apenas fingiram tocá-la.
O Conselho Municipal de Educação de Chigasaki afirmou que a escola orientou os alunos envolvidos e tentou evitar novos contatos com a vítima. No entanto, cerca de 10 dias após o incidente, a menina foi levada por engano para perto dos agressores durante um exercício de evacuação, resultando em febre alta e faltas frequentes à escola. Em outubro, ela foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Em Sapporo, outro caso de ação tardia foi identificado. Um relatório do Conselho Municipal de Educação de Sapporo, divulgado em 8 de outubro, revelou que um aluno da terceira série foi abusado sexualmente por um colega do primeiro ano em maio de 2021. Apesar dos pedidos da mãe da vítima para investigar o caso, a escola considerou o incidente “resolvido” sem tomar medidas imediatas. Além disso, não houve ação para ajustar a rota de deslocamento do agressor, que mora no mesmo bairro, para evitar encontros com a vítima.
Especialistas destacam o risco de contato entre vítimas e agressores na mesma escola ou distrito, além da falta de apoio adequado às vítimas e suas famílias por parte das instituições escolares.
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