140 visualizações 6 min 0 Comentário

Japão Lento na Evacuação de Tsunami? Planos Essenciais para a Segurança em Áreas de Risco!

- 8 de junho de 2025
Japão enfrenta desafios na evacuação de tsunami: 40% das unidades de saúde sem planos. Saiba como a segurança da população é vital para proteger vidas em áreas de risco.

Japão enfrenta desafios na evacuação de tsunami: 40% das unidades de saúde sem planos. Saiba como a segurança da população é vital para proteger vidas em áreas de risco.

Apesar das crescentes preocupações com desastres naturais como o terremoto Nankai Trough, que pode gerar tsunamis devastadores no Japão, a segurança de vida parece negligenciada. Unidades de saúde em áreas de alerta de tsunami, como hospitais e casas de repouso, estão demorando para criar planos de evacuação eficazes, especialmente para pacientes idosos e internados.

A Urgência dos Planos de Evacuação no Japão

A elaboração de planos de evacuação é uma obrigação legal para estabelecimentos de saúde em zonas de risco de tsunami. No entanto, uma pesquisa recente do Ministério de Terras, Infraestrutura, Transporte e Turismo revelou um dado alarmante: 40% dessas instalações ainda não possuem um plano. A escassez de pessoal e a falta de informação sobre a obrigatoriedade são os principais entraves. O Ministério busca agilizar esse processo compartilhando modelos de sucesso de outros municípios.


Os Desafios em Áreas de Alto Risco como Kochi

A província de Kochi, por exemplo, pode ser atingida por tsunamis de até 34 metros, conforme estimativas do governo. Em 2022, 19 cidades costeiras foram designadas como áreas de alerta, mas, até setembro do ano passado, apenas 26% das 133 unidades de saúde locais haviam elaborado planos. Uma instalação na cidade de Kochi, que pode enfrentar inundações de até 5 metros, exemplifica as dificuldades: “Muitos dos nossos pacientes não conseguem andar sozinhos. Há muitos fatores a serem previstos, como a evacuação noturna e em feriados. Precisamos do conhecimento de especialistas”, desabafou um funcionário. A nova estimativa de danos intensificou a sensação de urgência, impulsionando a preparação essencial.


Variações na Conscientização e Necessidade

Um plano de evacuação abrangente deve detalhar locais e rotas de abrigo, alocação de pessoal e preparativos para desastres. É obrigatório para instalações que atendem pessoas com necessidades especiais, como hospitais, escolas e instituições de assistência social em áreas de alerta. No entanto, a compreensão dessa necessidade varia. Das 1.284 unidades de saúde em Tóquio e 21 prefeituras sob risco do terremoto Nankai Trough, apenas 60% tinham planos em setembro do ano passado, uma porcentagem menor que a de escolas (84%) e instituições de assistência social (75%).

A lentidão também é evidente em Hokkaido, Aomori e Iwate, províncias sob ameaça dos terremotos nas Fossas do Japão e de Chishima. Funcionários do ministério apontam a escassez de pessoal em instalações menores e a falta de compreensão da obrigatoriedade como fatores-chave.


Incentivos e Soluções para a Segurança em Desastres

Alguns municípios estão desenvolvendo soluções inovadoras. A cidade de Shizuoka criou um formulário online que permite às instalações gerar planos automaticamente. Com essa ferramenta, as 141 instalações relevantes da cidade já concluíram seus planos. “Fazer o plano não é o fim. Precisamos nos preparar cuidadosamente, considerando a extensão das inundações”, disse Yasushi Zaitsu, chefe de uma clínica em Shizuoka. O Ministério busca compartilhar esses casos modelo e oferecer treinamentos para agilizar o processo.

Masahiro Nemoto, professor da Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha Japonesa de Hokkaido, enfatiza que o governo deve ir além da elaboração de planos, auxiliando os municípios a fortalecer a capacidade de receber mão de obra e suprimentos para uma evacuação rápida.


A Questão da Resistência Sísmica

Outro desafio crítico é a resistência sísmica das unidades de saúde. Uma pesquisa de 2022 do Ministério da Saúde revelou que 20,5% dos hospitais no Japão não são resistentes a terremotos ou seu nível de resistência é incerto. A falta de recursos financeiros ou a dificuldade de transferir pacientes durante as obras são os principais obstáculos. Com as estimativas de 160.000 pacientes feridos ou necessitando de transferência após o terremoto Nankai Trough, a resiliência das instalações de saúde é uma questão urgente. O governo continua a oferecer apoio financeiro para que 100% dessas unidades se tornem totalmente resistentes a terremotos.

A preparação para desastres é a garantia da segurança de todos em face de eventos naturais. O Japão precisa acelerar seus esforços para proteger sua população mais vulnerável.

Logotipo Mundo-Nipo
Autor

**Portal Mundo-Nipo**
Sucursal Japão

Comentários estão fechados.