O governo japonês sugeriu à China que os países devem começar a realizar reuniões entre os ministros das Relações Exteriores e da Defesa, a fim de aprofundar a compreensão mútua sobre questões de segurança e fontes diplomáticas nesta terça-feira.
Pequim ainda não aceitou ou recusou a sugestão, disseram as fontes, indicando que a questão pode estar na agenda quando o primeiro-ministro Shinzo Abe se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, no próximo mês, à margem de uma cúpula do Grupo dos 20 em Osaka.
Ao se oferecer para manter as conversações “mais de dois”, o Japão espera reduzir a situação no Mar da China Oriental, onde os países estão disputando a soberania das ilhas desabitadas de Senkaku, disseram as fontes.
A China reivindica as ilhas controladas pelos japoneses, que se encontram em águas ricas em peixes e potencialmente depósitos de petróleo e gás, e continuou a enviar navios do governo para a área. As ilhas, chamadas Diaoyu pela China, também são reivindicadas por Taiwan, que as chama de Tiaoyutai.
A China também vem aumentando sua presença no Mar da China Meridional, criando ilhas artificiais com instalações militares.
De acordo com as fontes, o ministro das Relações Exteriores, Taro Kono, apresentou a idéia de duas ou mais conversas em reuniões nos últimos meses com Yang Jiechi, o principal diplomata da China, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
Espera-se que Tóquio concorde em abrir as negociações quando Abe potencialmente for para a China no final deste ano, ou durante outra possível visita ao Japão pela Xi no próximo ano.
Se percebido, as conversações deverão incluir Kono e o ministro da Defesa, Takeshi Iwaya, do lado japonês. Os candidatos a participar do lado chinês incluem Yang e Wang, além de Li Zuocheng, chefe do Departamento de Pessoal Conjunto do Exército Popular de Libertação, e o ministro da Defesa Nacional, Wei Fenghe.
Fonte: KYODO