
Japão sugere compra de equipamentos de defesa dos EUA para reduzir déficit comercial em meio a negociações tarifárias. Saiba mais sobre o impasse e a posição japonesa.
O principal negociador de tarifas do Japão, Ryosei Akazawa, indicou na última quinta-feira que a aquisição de equipamentos de defesa dos Estados Unidos poderia ser uma estratégia para diminuir o déficit comercial americano. Essa possibilidade surge como um potencial trunfo nas discussões bilaterais sobre tarifas.
Akazawa, que se reuniu com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba antes da quarta rodada de negociações tarifárias em Washington, afirmou aos jornalistas que, embora “se me perguntarem se (tais compras) estão dentro do escopo (das negociações), é possível”, ele ressaltou que as negociações tarifárias e as questões de segurança “são baseadas em lógicas e padrões diferentes, então é inapropriado misturá-los nas negociações”.
Posição Japonesa sobre Tarifas
O Japão solicitou ao seu principal aliado a retirada de tarifas mais altas sobre produtos como carros, peças automotivas essenciais, aço e alumínio, além de uma tarifa “recíproca” que teve parte de sua suspensão até o início de julho. Essas medidas foram impostas pelo ex-presidente Donald Trump na tentativa de reduzir os déficits comerciais dos EUA.
Impasse nas Negociações Anteriores
Em rodadas anteriores de negociações, o governo Trump manteve sua recusa em remover completamente os novos impostos, incluindo a tarifa de 25% sobre carros importados, conforme fontes próximas ao assunto. Diante desse cenário, uma ideia surgiu dentro do governo japonês: considerar recuar na busca pela remoção total das tarifas e, em vez disso, conceder taxas de imposto mais baixas para fechar um acordo comercial. O governo Trump já havia fechado acordos de redução de tarifas com a China e o Reino Unido.
Firmeza na Posição Japonesa
Apesar das discussões internas, Akazawa reiterou a firmeza da posição japonesa. “Nossa posição não mudou. Não podemos, de forma alguma, fazer concessões” quanto ao pedido de revisão de todas as medidas tarifárias. Ele destacou que as montadoras do Japão enfrentarão “danos significativos” devido à nova tarifa de 25% imposta desde 3 de abril, sublinhando a gravidade da situação para a indústria automotiva do país.


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