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Neurocientistas descobrem o porquê a comida é melhor quando se tem fome

- 28 de novembro de 2019
Homem comendo compulsivamente

[faceturbo]Pesquisadores japoneses identificaram mecanismos corporais que fazem as refeições serem mais apetitosas, quando se está com muita fome. 

Kenichiro Nakajima, professor associado de neurociência do Instituto Nacional de Ciências Fisiológicas e seus colegas, estudaram o cérebro de camundongos e descobriram sistemas nervosos que alteram o sentido do paladar entre aqueles com estômagos vazios.  

“Esse mecanismo pode ter sido desenvolvido no processo de evolução para mudar o paladar e permitir que animais famintos consumam qualquer tipo de alimento, para suprir a necessidade de repor as energias com eficiência”, afirma Nakajima. 

Segundo os cientistas, quando a pessoa sente fome, a comida possui um sabor diferente e as coisas que ela gosta de comer mudam de gosto. O motivo do porque isso acontece, ainda é desconhecido. 

Para desvendar o mistério, a equipe pesquisou como os neurônios agRP na parte central do cérebro são ativados para estimular o paladar durante a fome. 

Eles utilizaram-se de mecanismos nos nervos cerebrais dos ratos, para fazê-los artificialmente sentirem fome e examinaram os efeitos dos neurônios na degustação.  

Durante a pesquisa eles descobriram que os ratos possuem um senso degustativo similar ao dos humanos. 

Quando os ratos foram alimentados com uma solução de sacarose, os que sentiam mais fome tinham duas vezes mais chances de lamber o líquido em 10 segundo, do que seus colegas que não estavam com tanta fome. 

Os resultados também mostraram que os ratos famintos também lambiam sustâncias amargas duas vezes mais rápido do que os que não estavam com fome, provando que a sensibilidade do paladar é bem menor quando se estão famintos. 

Os pesquisadores ainda adicionaram que o estudo pode até descobrir os motivos que causam a obesidade. 

“As pessoas obesas tendem a gostar de coisas doces, e examinar os efeitos da obesidade no sistema nervoso pode ajudar a identificar o que está por trás dessa tendência”, disse ele. 

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