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Número recorde de mulheres ganham assentos nas eleições do Japão, mas eleitores desconfiam de falso empoderamento feminino

- 23 de julho de 2019

 

Apesar do número recorde de vitória de mulheres nas eleições realizadas neste domingo (21), na câmara alta, algumas eleitoras expressaram suas dúvidas sobre o compromisso do governo em relação ao empoderamento feminino. 




No total, 28 mulheres ganharam assentos na câmara, correspondendo à 22,6% dos candidatos eleitos. 

A eleição de domingo foi o primeiro concurso nacional a ser realizado desde que a lei que promove a participação das mulheres na política, foi promulgada. A lei solicita que os partidos políticos façam esforços para reunir um número equilibrado entre candidatos de ambos os sexos. 

O governo do primeiro ministro Shinzo Abe, prometeu aumentar a proporção de mulheres em posição de liderança na sociedade política, incluindo legisladoras, gerentes e professoras, para até 30% a mais, até 2020.  

Ayaka Shiomura, de 41 anos, ex-integrante da assembleia Metropolitana de Tóquio, ficou sob os holofotes em 2014, quando foi atrapalhada por um membro do sexo masculino, depois de questionar as medidas de apoio à maternidade.  

“Eu gostaria de abordar questões de emprego, não regular o tratamento de fertilidade, nos próximos 6 anos”, disse Shiomura. 

Algumas eleitoras do sexo feminino manifestaram sua insatisfação com o histórico do governo ao abordar questões relacionadas à desigualdade de gênero, bem como a diferença salarial entre ambos os sexos. 

Embora haja muitas mulheres que estão ansiosas sobre o emprego instável, nenhuma medida específica foi nos apresentada”, disse Naoko Mogi, de 46 anos, durante a campanha eleitoral. 

“As mulheres são tratadas como se não existissem na sociedade”, completou Mogi, que votou em uma candidata, com a esperança de que elas obtivessem maior compreensão dos problemas tipicamente sofridos pelas trabalhadoras regulares. 

As trabalhadoras representam 70% dos empregados não regulamentados, embora o número de mulheres empregadas seja de 30 milhões. 

A renda anual das mulheres não-regulamentadas é inferior à 2 milhões de ienes e seus salários tendem a ser mais baixo do que dos homens, mesmo exercendo o mesmo cargo.