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O mundo caminha para uma nova grande recessão econômica?

- 22 de agosto de 2019

Analistas econômicos têm observados sinais de uma possível crise econômica mundial, organizações internacionais reduziram a projeção de crescimento global.

O FMI reduziu a previsão de crescimento global de 3,7% para 3,5%, o Banco Mundial também reduziu 0,1% na previsão inicial.

Num Fórum Econômico Mundial reuniram-se mais de 800 CEOs de vários países, todos estão acompanhando as estatísticas temendo a vinda de uma nova recessão mundial.




EUA – A desaceleração da economia dos EUA é um fator que merece atenção. As altas dos juros, tensões comerciais com a China, contribuem para tal cenário. O Federal Reserve aumentou a taxa básica dos juros quatro vezes em 2018. Estancou o aumento da inflação, porém reduziu as perspectivas de crescimento econômico dos EUA.

Se não bastasse as altas dos juros, a tensão do comércio com a China tem contribuído para uma desaceleração da economia mundial. Os chineses conseguem vender menos aos EUA devido a tarifação de seus produtos pelos americanos, consequentemente compram menos insumos de países que fornecem as matérias primas e insumos necessários para a sua fabricação.

China – A economia chinesa cresceu 6,6% em 2018, crescerá em torno de 6,2% neste ano e no ano de 2020. Enquanto a China tenta manter seu crescimento econômico, indústrias pesadas e o setor imobiliário chinês tem aumentado seu endividamento.

O governo chinês atento a isso, planeja medidas de corte de impostos e investimento em infraestrutura para aumentar a liquidez.

Japão – é afetado diretamente pelo desaquecimento da economia americana e chinesa. A piora da relação comercial e diplomática com a Coréia do Sul vem a piorar o cenário da economia japonesa.

O segundo semestre no Japão destaca-se pela redução no número de contratações nas indústrias, sem haver perspectivas concretas para o ano de 2019. Entenda quais são os fatores que levam a esta situação.


Desfecho da análise

Todo este cenário corrobora para o fato ocorrido no dia 14 de agosto de 2019. Nasdaq e NSYE tiveram queda de 3%, Frankfurt perdeu 2,19%, Paris 2, 08% e Londres 1,42%. O índice Bovespa fechou apresentando queda de 2,94%.

Os indicadores da desaceleração da China e da Alemanha colocou o mercado mundial em pânico, o dólar no Brasil fechou em R$4,04.

O derretimento dos ativos é constatado na Europa e na China. Nos EUA, os juros dos títulos públicos americanos a serem pagos daqui a dez anos caíram abaixo dos rendimentos dos papéis a vencer nos próximos dois anos.

Este fenômeno mostra que os investidores projetam crescimento econômico fraco para o futuro. Este sinal foi comum a todas as recessões econômicas americana desde o ano de 1950.

Estatísticas mostram que os gráficos atuais são muito parecidos com as apresentadas em 2007, o ano que antecedeu a última grande crise econômica global.

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