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O último samurai do Brasil tenta manter a tradição viva

- 21 de fevereiro de 2020
Samurai Edson Suemitsu mostra uma katana em sua casa em Curitiba

Edson Suemitsu de 61 anos, é um residente de Curitiba, uma cidade tranquila e pacata. Seria completamente normal, se não fosse por ele ser um dos últimos samurais ainda vivos. 

Suemistsu pode ser encontrado frequentemente curvado sobre uma pedra de amolar, ou uma bancada de trabalho, trabalhando com as suas centenas de espadas que ele mesmo fez ao longo dos anos. Porém, ele não é de modo algum uma pessoa que passaria a vida inteira produzindo uma única katana. 

O robusto Suemitsu de cabelos grisalhos disse que se interessou pela produção de katana quando seu avô japonês forjou lâminas como uma ferramenta para se defender de cobras venenosas em sua fazenda de fronteira. 

Ao se mudar para Curitiba no final dos anos 60, ele aprendeu a arte de fazer katana, em grande parte, diz ele, por tentativa e erro. 

Seu trabalho então, começou a ganhar grande visibilidade e Suemitsu chegou a produzir cerca de mil espadas ao longo dos seus 42 anos de trabalho. 

Entre os segredos para fazer a katana, diz Suemitsu, estão qualidades intangíveis, como a fé. Ele também diz que a herança japonesa é essencial. 

“Primeiro você tem que ser japonês, pensar como uma pessoa japonesa, ter um espírito japonês. Se eu, como alguém com sangue japonês, tentasse dançar samba, não daria certo”, disse ele, referindo-se à dança afro-brasileira popular. “Seria estranho.” 

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