Em abril, a TEPCO iniciará uma nova operação de remoção de combustível nuclear do reator nº 2 de Fukushima. A operação visa aprimorar o processo de descomissionamento.
A Tokyo Electric Power Company Holdings, Inc. (TEPCO) anunciou que realizará pela segunda vez, em meados de abril, uma operação experimental para remover restos de combustível nuclear do reator nº 2 da usina nuclear nº 1 de Fukushima. A operação visa aprofundar o conhecimento sobre o processo de remoção de detritos no reator, uma das etapas mais desafiadoras do descomissionamento de Fukushima.
Operação experimental para remoção de detritos nucleares
Durante a operação de abril, a TEPCO planeja coletar até 3 gramas de detritos nucleares a partir de um novo local dentro do reator nº 2. Este local de coleta será diferente do ponto utilizado na primeira operação de teste realizada no ano anterior. A coleta de amostras visa aprimorar o entendimento sobre as condições internas do reator e auxiliar na definição de métodos mais eficientes para a remoção de detritos em larga escala no futuro.
Detalhes sobre a técnica de coleta de detritos
A coleta de detritos será realizada utilizando um dispositivo de recuperação similar a uma vara de pescar, que pode se estender até 22 metros dentro do reator. Uma pinça em forma de garra, pendurada em um cabo, será utilizada para retirar os detritos no fundo do recipiente de contenção do reator. A TEPCO coletará amostras da região central do recipiente de contenção, localizada a 1 a 2 metros do ponto de coleta anterior.
Essa operação visa comparar as propriedades dos detritos, como sua composição e dureza, para avaliar a distribuição dos resíduos nucleares dentro do reator e entender melhor as condições internas do local. Embora a coleta de detritos seja planejada para ocorrer em um novo ponto, a empresa pode optar por coletar novamente da mesma área da primeira operação, caso a situação dentro do reator justifique essa decisão.
Descomissionamento de Fukushima e desafios da remoção de detritos
O acidente de Fukushima em 2011 resultou na fusão do núcleo de três reatores, produzindo cerca de 800 toneladas de detritos nucleares. Esses resíduos, compostos por combustível nuclear derretido e materiais estruturais do reator, representam um dos maiores desafios do descomissionamento da usina.
A remoção desses detritos é considerada uma das tarefas mais difíceis no processo de descomissionamento, que está programado para ser concluído até 2051. A TEPCO e o governo japonês continuam a desenvolver métodos para a remoção segura e eficiente dos resíduos nucleares, um processo que exigirá avanços tecnológicos contínuos ao longo das próximas décadas.
**Portal Mundo-Nipo**
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