
Um rumor de desastre no Japão em julho de 2025, impulsionado por um mangá, afeta o turismo de Hong Kong. Saiba mais sobre o impacto e o posicionamento oficial.
Um rumor no Japão sobre um grande desastre em julho de 2025 tem causado um impacto significativo no setor de turismo, especialmente vindo de Hong Kong. Essa especulação, que se espalhou amplamente, já resultou em uma queda acentuada no número de visitantes da região e até mesmo em suspensões de voos. Apesar de Tóquio continuar a receber turistas estrangeiros, os dados recentes mostram uma clara tendência de queda entre os viajantes de Hong Kong.
A Profecia e Sua Origem: O Mangá que Previu 2011
A raiz desse rumor no Japão reside em um mangá intitulado Watashi ga Mita Mirai: Kanzenban (O Futuro que Vi: Edição Completa), de Tatsuki Ryo, publicado originalmente em 1999. A obra, que detalha supostos sonhos proféticos da autora, ganhou notoriedade após uma de suas previsões – “um grande desastre em março de 2011” – ser associada ao Grande Terremoto do Leste do Japão. A profecia atual, que prevê “o nível das águas do Pacífico ao sul do arquipélago japonês vai subir. Este desastre acontecerá em julho de 2025”, vem da mesma publicação e, apesar da falta de evidências científicas, viralizou nas redes sociais em Hong Kong.
Impacto Direto no Turismo e Aviação
O rumor no Japão tem gerado consequências tangíveis. Hotéis em regiões como Shinsaibashi, Osaka, relatam uma queda drástica no número de hóspedes de Hong Kong, que antes representavam uma parcela considerável da clientela. As companhias aéreas também foram afetadas: a Greater Bay Airlines, por exemplo, suspenderá duas de suas rotas entre Hong Kong e o Japão a partir de 31 de agosto, citando a persistência dos rumores como fator decisivo. Hiroki Ito, chefe do escritório da companhia no Japão, expressou que esperavam que os rumores desaparecessem, mas a realidade foi outra.
Autoridades se Posicionam: Desinformação e Falta de Base Científica
Diante da crescente preocupação gerada pelo rumor no Japão, as autoridades japonesas se manifestaram. O governador de Tottori, Shinji Hirai, lamentou o impacto nas rotas aéreas, reconhecendo a inevitabilidade da situação. A Agência Meteorológica do Japão, em um posicionamento incomum, emitiu um comunicado público. Ryuichi Nomura, diretor da agência, enfatizou que “não há base científica para prever a hora, o local ou a magnitude de um terremoto” e classificou a informação como “desinformação”, reforçando que “não há absolutamente nenhuma necessidade de se alarmar com isso”.


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