Por que os Brasileiros não gostam do Setor Alimentício apesar da Estabilidade Garantida?

A indústria de alimentos no Japão (Bentoya ou Souzai) é considerada a “última opção” de emprego no Japão pelos trabalhadores brasileiros, apesar de oferecer estabilidade anticrise, aceitar idosos e não exigir proficiência em japonês. A rejeição se deve a cinco fatores principais que superam a segurança do emprego no Japão: 1) O ambiente de trabalho em câmaras frias ($5\text{°C}$ a $10\text{°C}$) é insalubre; 2) A disparidade salarial (média de ¥1.050/hora) é inferior à da indústria automotiva (¥1.300+/hora), que ainda oferece prêmio de admissão (Iwaikin); 3) A solidão do calendário (trabalhar em todos os feriados) gera desgaste social; 4) As regras de higiene extrema são vistas como desumanizantes; 5) O trabalho repetitivo e monótono na esteira causa estafa mental. O setor acabou se tornando um refúgio para a terceira idade, mas os jovens preferem o risco da indústria automotiva em troca de melhor salário e liberdade social.