A frase “trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar e trabalhar” da primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, foi eleita o lema do ano, gerando controvérsia imediata em um país sensível ao excesso de trabalho (karoshi). A ultraconservadora Takaichi, a primeira mulher no cargo, defendeu que a frase apenas expressava seu entusiasmo, embora durma poucas horas e concilie o trabalho com a vida pessoal. Apesar de suas políticas de linha dura (como a oposição à mudança da lei de sobrenome para casais), seu estilo de vestuário e acessórios, como a “Sanae Bag” e uma caneta específica, a transformaram em um ícone de estilo e consumo (Sana-katsu). O fenômeno evidencia uma admiração pela sua influência e elegância como mulher na política, mas levanta questionamentos sobre a validade de glorificar longas jornadas de trabalho em um contexto de crise laboral e desigualdade de gênero no Japão.
