A premiê Sanae Takaichi polêmicas em 45 dias de governo. Crise com a China, reunião de madrugada e nomeação de envolvidos em caixa-dois.
Início Turbulento com Sanae Takaichi Polêmicas
A primeira-ministra Sanae Takaichi polêmicas em apenas 45 dias no cargo. Algumas de suas falas e atitudes geraram incômodo diplomático e interno. Takaichi, de 64 anos, lidera o Partido Liberal Democrata (PLD) desde outubro. Posteriormente, ela assumiu o governo no dia 21 do mesmo mês.
Ela substituiu Shigeru Ishiba, que renunciou após derrotas eleitorais. Takaichi é a primeira mulher a liderar o governo japonês. No entanto, a igualdade de gênero não é sua prioridade. Ela é um expoente da “linha-dura” da direita japonesa. A premiê promete uma guinada conservadora. Em destaque, estão temas como defesa e imigração. Takaichi busca ser a “dama de ferro japonesa”. Essa é uma referência à política Margaret Thatcher. Seus primeiros dias no comando, porém, têm sido turbulentos.
Crise Diplomática com a China por Taiwan
O episódio mais recente causou uma crise diplomática com a China. Takaichi provocou Pequim ao falar sobre Taiwan. Ela afirmou no Parlamento que um ataque chinês seria uma “situação que ameaça a sobrevivência”. Além disso, isso poderia levar a uma resposta militar de Tóquio.
A premiê disse que a contingência de Taiwan é séria. Assim, o Japão precisa antecipar o pior cenário possível. O comentário provocou a ira de Pequim. A China considera Taiwan uma província rebelde. Portanto, a questão é extremamente delicada para os chineses.
O Ministério das Relações Exteriores da China exigiu a retirada das “declarações ultrajantes”. Como resultado, alertou que o Japão “deverá arcar com todas as consequências”. O porta-voz chinês, Lin Jian, foi taxativo. Ele disse que intervir militarmente seria um “ato de agressão”. Em conclusão, quem brinca com fogo “acaba se queimando”.
Reunião Noturna e Acusações de Excesso de Trabalho
O incômodo causado por Takaichi não se limitou ao exterior. Inclusive, houve reclamações dentro de seu próprio gabinete. Ela convocou seus assessores para uma reunião de madrugada. O episódio ficou conhecido como “a sessão de estudos das 3h da manhã”.
A premiê reconheceu que a preparação causou transtornos à equipe. Apesar disso, ela afirmou a necessidade de revisar respostas naquele momento. Takaichi é vista como uma trabalhadora assídua. Em contrapartida, foi acusada de incentivar o excesso de trabalho.
Este assunto é delicado no Japão por conta do karoshi. Isto é, casos de morte por excesso de trabalho ganharam repercussão. Políticos da oposição e figuras públicas se juntaram às críticas. O caso se soma às Sanae Takaichi polêmicas.
Nomeação de Políticos Envolvidos em Caixa-Dois
Logo em seu segundo dia, Takaichi fez nomeações polêmicas. Ela nomeou sete políticos do PLD implicados em um esquema de caixa dois. Harumi Takahashi, Takuo Komori e Ryusho Kato foram nomeados vice-ministros parlamentares. Outrossim, Iwao Horii, Yukinori Nemoto, Hajime Sasaki e Yasuyuki Sakai foram nomeados vice-ministros sêniores.
Todos os sete eram ligados ao grupo político do ex-premiê Shinzo Abe. O escândalo de caixa-dois minou a confiança no LDP. Consequentemente, o partido perdeu a maioria no Parlamento.
Relação com o Santuário Yasukini
Dias antes de ser empossada, Takaichi mandou oferendas ao santuário Yasukuni. Ademais, ela considerou visitar o local. Aliados a demoveram para evitar desconfortos diplomáticos. O santuário homenageia mortos em guerras. No entanto, inclui nomes ligados a crimes de guerra de 1978.
Os homenageados estão envolvidos em massacres e escravização sexual. Por exemplo, as “mulheres de conforto” coreanas e chinesas. O envio de oferendas já causou desconforto diplomático. Portanto, este tema continua sendo uma das Sanae Takaichi polêmicas.
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