882 visualizações 2 min 0 Comentário

Vandalismo em santuários japoneses tem se mostrado ainda pior a cada ano

- 22 de novembro de 2019
emas em santuário no japão

A Ema que apoia os protestos em andamento em Hong Kong foi riscada, quebrada em pedaços e vandalizada com escritas em chinês. 

No pátio dos santuários xintoístas japoneses, e também em muitos dos templos budistas do país, você encontrará algumas plaquinhas chamadas de ema.  

As EMAS são pequenas tábuas de madeira decoradas com ilustrações, que os visitantes compram dos atendentes do santuário/templo e escrevem um desejo. Uma vez pendurado, o EMA é deixado para os deuses, que depois devem cuidar do resto e conceder seu desejo. 




 

Essa é uma tradição muito divertida e importante, que é renovada a séculos, mas nos últimos meses, alguns dos locais de culto mais importantes do Japão viram suas áreas de exibição de ema se tornarem campos de batalha. 

Isso porque o Templo de Kiyomizu , em Kyoto, um dos mais famosos pontos turísticos da cidade, vem encontrando cada vez mais Emas vandalizados, principalmente se seus desejos forem para demonstrar seus sentimentos de apoio aos protestos de Hong Kong. 

E isso não é algo que só está acontecendo em Kyoto.  

O santuário Kasuga de Nara, o santuário Hokoku de Osaka e o santuário Konpira da prefeitura de Kagawa, também têm relatado problemas semelhantes. 

Vale ressaltar que a prática de usar o EMA para desejar mudanças sociais, ou pedir a paz mundial, é algo amplamente feito por turistas estrangeiros. 

Além disso, geralmente os japoneses utilizam o EMA para pedir realizações pessoais, por isso é bem provável que algum outro estrangeiro tenha viajado até o Japão, para encontrar no seu último sopro de esperança, a realização do seu desejo pelo país em guerra.  

Porém aparentemente, outros também estão indo lá, para impedir que esses sonhos sejam destruídos. 

Uma zona de guerra silenciosa. 

Mundo-Nipo: O principal portal de notícias do Japão