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Trabalhando com japoneses, sendo uma mulher não-japonesa

- 16 de dezembro de 2019
Mulher japonesa trabalhando em escritório

Essa é provavelmente uma das perguntas mais comuns entre as profissionais de funções administrativas no Japão: “Os assalariados japoneses irão me tratar com o devido respeito?” 

Pasme que essa não é uma pergunta surpreendente. Dada às inúmeras histórias que as mulheres devem ter ouvido e desafios que enfrentam diariamente no trabalho, fica bem claro que o sexismo é um inegável problema aqui. 

No entanto, é importante também saber que os dias de mulheres que servem chá e cafézinho, foram deixados para o passado e eu, hoje, como executiva que um dia já trabalhou com colegas japonesas de sucesso por toda a vida, odiaria que mulheres evitassem de trabalhar em um local, baseado em costumes antigos que ouviam. 

Longe de ser perfeito 

É verdade que o Japão não é lá um paraíso para as mulheres que querem trabalhar. 
Muitas abandonam a corrida do sucesso, e acabam deixando o escalão superior para os homens.  

A dificuldade de combinar a carreira, criação dos filhos e principalmente pela falta de opção de creches, faz com que muitas mulheres japonesas, tentem sequer trabalhar.  

Além disso, as regras fiscais que favorecem os cônjuges que ficam em casa cuidando dos filhos e das tarefas, tornam o trabalho ainda menos atraente. Além disso, as longas horas em um escritório ou fazendo movimentos repetitivos, são bem desagradáveis de projetar no futuro. 

E é por isso que muitos locais de trabalho no Japão possuem uma liderança predominantemente masculina, criando um ambiente inóspito para as mulheres.  

Isso leva muitas mulheres a optar por sair do trabalho, quando os fatores logísticos se tornam esmagadores. 

Registros de uma pesquisa realizada pela “En Japan”, constataram que 72% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio no trabalho e outras 54% consideram em desvantagem em qualquer empresa, apenas por ser mulher. 

E mesmo apesar desses desafios, cada vez mais mulheres estão entrando no mercado de trabalho como gestoras – Embora os números ainda sejam muito baixos.  

É verdade que, como uma mulher não-japonesa em uma função gerencial, você pode ser a única na empresa. Mas eu recomendo não se preocupar com isso e continue conduzindo seus negócios como de costume. 

Além disso, há uma grande vantagem em ser mulher e trabalhar com colegas japoneses: Eles sempre vão achar que, para estar na posição de alta patente, você deve ser realmente muito boa no que faz. 

Tome sua posição! 

Apesar de tudo o que foi falado, algumas mulheres ainda podem se encontrar em situações em que se sentem que não estão sendo levadas à sério 

Se for esse seu caso, é importante ser prática e abordar a situação com conhecimento da cultura em que você está trabalhando. A sugestão é falar de suas experiências baseadas nas deles. 

O primeiro passo é garantir que você está deixando claro que você também possui um histórico profissional e entendam sua função atual. Os japoneses tendem a categorizar as pessoas em uma hierarquia baseada em status, então se não tiverem as informações suficientes sobre você, eles podem colocá-la em um lugar errado em suas cabeças.  

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