O Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA informou que no dia 1 de junho que haviam 13 toneladas de cabelo natural, perucas e cabelos falsos, importados da Região Autônoma da China de Xinjiang Uygur.
Há suspeita de violações de direitos humanos no processo de fabricação”. O montante equivalente a 800.000 dólares (cerca de 86 milhões de ienes) foi confiscado.
Acredita-se que o produto tenha sido fabricado em uma instalação ou fábrica associada onde os uigures, um grupo étnico minoritário de muçulmanos, estão sendo detidos. A agência enfatizou em um comunicado: “Existe uma suspeita de violações muito graves aos direitos humanos. A detecção é um sinal claro que não aceitamos transações comerciais desumanas”. Segundo o anúncio, a agência apreendeu os produtos capilares de uma empresa chinesa sediada no condado de Lopu, distrito de Hotan, no Terminal do porto de Nova York (leste de Nova Jersey).
Em 17 de junho, o governo dos EUA emitiu uma ordem de apreensão para todas as instalações de desembaraço aduaneiro doméstico, dizendo que tinha “informações razoáveis” que a empresa fabricava usando a força de trabalho de presos. O governo dos EUA suspeita que as autoridades chinesas mantêm mais de um milhão de uigures e outros muçulmanos, forçando-os a trabalhar ou forçando ex-reclusos a trabalhar sob supervisão. A China é o maior exportador de produtos capilares, representando 80% da participação no mercado mundial, e existem várias fábricas em um parque industrial próximo a um “campo de concentração” no condado de Lop. Acredita-se que o governo local está apoiando a expansão dos negócios. A emissora Radio Free Asia, afiliada ao governo, apresentou a denúncia uigures serem “forçados a trabalhar mais de 20 horas por dia” nessas fábricas. Informou também que os uigures alojados nas instalações foram barbeados e os cabelos coletados, material este que servem de matéria prima na confecção de perucas e similares.
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Harumi Matsunaga
