O Quênia planeja implementar até o final do ano um sistema de registro médico biométrico desenvolvido por engenheiros japoneses em uma tentativa de melhorar a sobrevivência dos recém-nascidos no país africano.
A UNICEF diz que cerca de 2,4 milhões de bebês morreram em seus primeiros 28 dias de vida em 2020. Especialistas dizem que essas mortes – muitas das quais ocorreram em países em desenvolvimento – poderiam ser evitadas principalmente por meio de intervenções médicas típicas, como vacinas.
O novo sistema foi desenvolvido pela fabricante de eletrônicos japonesa NEC e pela Universidade de Nagasaki, em cooperação com pesquisadores quenianos.
O sistema mantém os registros médicos das crianças e os relaciona com suas impressões digitais, que são coletadas quando nascem. Como as impressões digitais dos recém-nascidos ainda não estão totalmente desenvolvidas, elas são complementadas pela autenticação de voz de suas mães.
A planejada introdução completa do sistema pelo Quênia segue um teste que o país lançou no outono de 2022.
Se for bem-sucedido, será a primeira vez no mundo que a autenticação tecnicamente difícil das impressões digitais de recém-nascidos será colocada em uso prático para um sistema médico.
Especialistas dizem que o sistema facilitará o acompanhamento dos históricos de vacinação das crianças pelos profissionais médicos e será útil no planejamento de campanhas de vacinação.
Funcionários da NEC e da Universidade de Nagasaki dizem que também considerarão a introdução do sistema em outros países.