As autoridades japonesas estão enfrentando uma pressão renovada para combater uma depreciação do iene, à medida que os investidores se encantam com as perspectivas de juros maior nos EUA.
Além da intervenção verbal, o governo tem várias opções para conter o que considera quedas excessivas de ienes. Entre eles está a intervenção direta no mercado de moedas, comprando grandes quantidades de ienes, geralmente desfazendo se dos dólares.
Abaixo estão detalhes sobre como a intervenção na compra de ienes pode funcionar, a probabilidade de isso acontecer e os desafios de tal movimento:
Quando foi a última intervenção de compra de ienes?
O Japão comprou ienes em setembro de 2022, fato inédito desde 1998, depois que uma decisão do Banco do Japão de manter uma política monetária levou o iene tão baixo quanto ¥ 145 por dólar. Ele interveio novamente no mês seguinte, depois que o iene caiu para uma baixa de 32 anos de ¥ 151,94.
Por que intervir?
A fraqueza do iene é vista como problemática, com as empresas japonesas mudando a produção para o exterior e a economia fortemente dependente das importações de bens que variam de combustível, matérias-primas a peças de máquinas.
Qual é o gatilho?
A decisão é altamente política. Quando a queda do iene repercute no custo de vida da população, isso pressiona o governo a responder.
Como isso funcionaria?
Quando o Japão intervém no iene, o Ministério das Finanças emite contas de curto prazo, aumentando o iene e depois o vende para enfraquecer a moeda japonesa.
Para elevar o valor do iene, as autoridades desfazem-se das reservas de dólares, provocando a queda da moeda estrangeira.
Quais são os desafios?
A intervenção na compra de ienes é mais difícil do que a venda de ienes.
Enquanto o Japão detém quase $ 1,3 trilhão em reservas estrangeiras, e buscará intervir com a cautela que o mercado mundial espera.
As autoridades japonesas também consideram importante procurar o apoio dos parceiros do Grupo dos Sete, principalmente dos Estados Unidos, se a intervenção envolver o dólar.
Portal Mundo-Nipo
Sucursal Japão – Tóquio
Jonathan Miyata