HELSINQUE — O museu Amos Rex é o palco da nova exposição do artista japonês Ryoji Ikeda, uma viagem sensorial que começa na luz e termina na escuridão. A mostra, distribuída em uma vasta galeria subterrânea, é composta por cinco obras que unem som e imagem para traduzir informações do mundo de forma audiovisual.
Entre as obras, destacam-se “mass” e “spin”, duas instalações inéditas que exploram formas geométricas e efeitos estroboscópicos, projetadas para interagir com o espaço único do museu. “Mass” cria um efeito hipnótico com anéis negros que parecem buracos negros em expansão, enquanto “spin” apresenta uma escultura de projeção cinética a laser que projeta formas geométricas em movimento contínuo, gerando ilusões óticas de profundidade.
Ikeda incentiva os espectadores a encontrarem seus próprios significados nas obras, em uma abordagem que lembra Marcel Duchamp, enfatizando a interpretação pessoal da arte.
As instalações dialogam com conceitos de luz e movimento, onde “mass” representa a potencial ausência de vida antes do Big Bang, e “spin” utiliza um único comprimento de onda de luz, remetendo a projetos anteriores do artista sobre a visualização do som.
Embora as instalações possam ser apreciadas individualmente, juntas elas formam uma obra harmoniosa que reflete a conexão entre macro e microcosmos.
A exposição, que também seria exibida no Museu de Arte Contemporânea do Século 21 em Kanazawa, foi pausada devido a um terremoto, reforçando a ideia de que, apesar do avanço humano através da arte e tecnologia, a natureza mantém sua força soberana.