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As Mulheres da ARDB: Pioneiras na Defesa Marítima do Japão

- 24 de janeiro de 2024

A bordo do JS Osumi, a Sargento Hikari Maruyama, a Cabo Runa Kurosawa e a Capitão Sawaka Nakano destacam-se na Brigada Anfíbia de Desdobramento Rápido do Japão (ARDB). Elas são parte de um pequeno grupo de mulheres em uma unidade de 2.400 membros, treinando para liderar operações marítimas em potenciais conflitos futuros.

A presença feminina na ARDB é um reflexo da crescente, mas ainda limitada, diversidade de gênero nas Forças de Autodefesa do Japão (SDF). Com cerca de 40 mulheres, a unidade luta para aumentar a inclusão feminina, uma mudança crucial à medida que a população envelhece e as ameaças regionais se intensificam.

O comandante da ARDB reconhece a importância das mulheres para reforçar as fileiras da defesa nacional. Entretanto, as SDF estão atrás de seus aliados internacionais, como os EUA, em termos de participação feminina. Enquanto as mulheres compõem 8,7% do efetivo das SDF, na ARDB, ativada em 2018, esse número é de apenas 1,6%, significativamente abaixo da proporção de mulheres nos fuzileiros navais dos EUA.

A vida a bordo do Osumi para essas mulheres é marcada por uma rotina rigorosa e um ambiente majoritariamente masculino. Maruyama, uma médica de 38 anos, observa que a reputação de exigência física e técnica da ARDB pode ser um fator intimidante para muitas mulheres.

Além dos desafios operacionais, a SDF enfrenta questões de assédio sexual, com casos recentes de grande repercussão abalando a imagem da força. Nakano, aos 42 anos, expressa a necessidade de uma educação contínua sobre assédio e de mais oportunidades para as mulheres nas forças armadas.

Maruyama, mãe de duas filhas, sublinha a dificuldade adicional de conciliar as responsabilidades familiares e militares, destacando a necessidade de mais apoio à maternidade na SDF. As mulheres, diferentemente dos homens, são alojadas em cabines próximas à proa do navio, uma medida que revela a falta de preparo da embarcação para acomodar uma tripulação mista.

Apesar das adversidades, Kurosawa, uma mecânica de 20 anos, valoriza o apoio de suas colegas mais experientes. A camaradagem entre as mulheres militares é um ponto positivo em um ambiente desafiador.

O futuro da presença feminina na ARDB é incerto, mas com o tempo poderá evoluir, contribuindo para uma força de defesa mais equilibrada e resiliente.

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