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Cresce o Número de Casais Assexuados no Japão, Um Estudo Alarmante Revela Tendência

- 19 de março de 2024

Um Fenômeno Crescente: A Realidade da Assexualidade no Japão”. “Dados Alarmantes: Quase Metade dos Casais Sem Relações Sexuais

Um estudo recente divulgado pela Associação Japonesa de Planejamento Familiar revela um fenômeno crescente no Japão: quase metade dos casais no país se identifica como “assexuados”, ou seja, não mantêm relações sexuais há pelo menos um mês. Este dado alarmante lança luz sobre as complexidades das relações íntimas no Japão contemporâneo.

Realizada entre setembro e outubro de 2023, a pesquisa alcançou 3.000 homens e mulheres de 16 a 49 anos, através de métodos de coleta de dados por correio e online, obtendo uma taxa de resposta de 26,6%. Os resultados indicam que 48,3% dos casais japoneses estão vivendo sem intimidade sexual, um aumento de 1,1% em comparação com o levantamento anterior de 2016. Este é um padrão crescente desde 2004, quando a porcentagem era significativamente mais baixa, em 31,9%.

Entre as razões citadas para a ausência de atividade sexual, os homens frequentemente apontaram a falta de resposta de suas parceiras aos seus avanços, com 24% dos entrevistados mencionando este motivo. Outras razões incluíram dificuldades pós-parto (14,7%) e o incômodo que a atividade sexual representa (12%). Por outro lado, as mulheres destacaram o incômodo (22,6%), a fadiga relacionada ao trabalho (20,8%) e questões associadas à gravidez ou ao pós-parto (13,2%) como principais fatores para a falta de interesse sexual.

Interessantemente, enquanto cerca de 80% dos homens expressaram interesse em manter relações sexuais, apenas cerca de 40% das mulheres compartilharam desse interesse. Além disso, a pesquisa revelou que a idade média da primeira experiência sexual entre os entrevistados é de 18,9 anos. Entre os solteiros de 18 a 34 anos, 41,4% dos homens e 36,6% das mulheres afirmaram nunca ter tido relações sexuais.

Kunio Kitamura, diretor da Associação Japonesa de Planejamento Familiar e responsável pela pesquisa, sugere que os resultados podem ser atribuídos a diversos estressores sociais enfrentados pela população. Ele também alerta para a possibilidade de que essa tendência de abstinência sexual continue no futuro, indicando uma questão complexa que requer atenção e compreensão mais profundas.

Portal Mundo-Nipo
Sucursal Japão – Tóquio

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