Empréstimos Estratégicos: Proteção Contra Mudanças Políticas. EUA e UE lideram com empréstimos significativos para a Ucrânia.
ROMA/WASHINGTON (Reuters) – Os líderes do G7 concordaram em fornecer cerca de US$ 50 bilhões em empréstimos à Ucrânia, utilizando os lucros de ativos soberanos russos congelados, a partir de dezembro. Esses empréstimos serão financiados por receitas futuras geradas pela imobilização desses ativos, conforme comunicado do G7.
O objetivo é iniciar o desembolso dos fundos até o final do ano, conforme anunciado durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington. Os empréstimos serão distribuídos por meio de acordos bilaterais, começando em 1º de dezembro e continuando até o final de 2027, atendendo às necessidades urgentes de financiamento da Ucrânia.
Cada acordo bilateral deve ser efetivado até 30 de junho de 2025, permitindo flexibilidade para os membros do G7 organizarem os detalhes. Embora os valores específicos dos empréstimos bilaterais não tenham sido divulgados, mais informações serão fornecidas em um termo de compromisso nos próximos dias.
Calendário das Eleições
Os EUA anunciaram um empréstimo de US$ 20 bilhões à Ucrânia em dezembro, visando proteger os fundos de uma possível mudança política caso Donald Trump vença as eleições presidenciais de novembro. Trump prometeu retirar os EUA da guerra na Ucrânia. Outro empréstimo de US$ 20 bilhões é esperado da UE, com os US$ 10 bilhões restantes divididos entre Canadá, Grã-Bretanha e Japão.
Os empréstimos serão canalizados por meio de diversos mecanismos, incluindo um Empréstimo de Assistência Macrofinanceira da UE, a Conta Administrada por Múltiplos Doadores do FMI para a Ucrânia e um novo Fundo Intermediário Financeiro do Banco Mundial.
Compromisso do G7
O anúncio dos “empréstimos extraordinários para aceleração de receita” cumpre um acordo alcançado em junho pelos líderes do G7 para utilizar os lucros dos ativos russos congelados em benefício da Ucrânia. Cerca de 260 bilhões de euros em ativos russos foram congelados devido às sanções após a invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022. A maior parte desses ativos está na Euroclear, na Bélgica, tornando a UE um participante chave no plano.
O G7 reafirma sua solidariedade com a Ucrânia em sua luta pela liberdade, recuperação e reconstrução, destacando que o tempo não favorece o presidente russo, Vladimir Putin.
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