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Preços do Arroz no Japão: Desafios Persistem Apesar da Liberação de Reservas

- 16 de março de 2025
Os preços do arroz no Japão continuam a subir, apesar da liberação de reservas. Entenda como a escassez e os custos de produção impactam o mercado de arroz no país.

Os preços do arroz no Japão continuam a subir, apesar da liberação de reservas. Entenda como a escassez e os custos de produção impactam o mercado de arroz no país.

Os preços do arroz no Japão têm aumentado consideravelmente, impactando os orçamentos das famílias. No ano passado, o preço de um saco de 5 quilos saltou de 2.430 para 3.297 ienes, e neste ano, o valor já alcançou 3.949 ienes. Para controlar essa escalada de preços, o governo japonês decidiu liberar suas reservas de arroz. A expectativa era de que isso ajudasse a reduzir os preços, mas, apesar da medida, os custos continuam elevados. O arroz de reserva, misturado com variedades mais acessíveis, visa garantir que o produto continue disponível para os consumidores, mas a escassez de arroz e os problemas logísticos sugerem que a redução de preços pode ser apenas temporária.

Liberação de Reservas de Arroz: Vai Reduzir os Preços?

A partir da próxima semana, o governo japonês iniciará um processo de licitação para 150.000 toneladas de arroz de suas reservas. No entanto, especialistas se questionam sobre a efetividade dessa ação em baixar os preços a longo prazo. Um ano atrás, o preço de um saco de 5 quilos de arroz estava em torno de 2.400 ienes. Agora, ele ultrapassa os 4.000 ienes.

O Ministro da Agricultura anunciou a liberação de 150.000 toneladas de arroz e planos para agilizar mais 60.000 toneladas. Se os processos ocorrerem sem problemas, pode haver uma redução temporária nos preços. Porém, os desafios de logística e distribuição podem dificultar a eficácia dessa ação.

Desafios de Distribuição e Escassez de Arroz

Um dos principais obstáculos para a redução de preços é o sistema de distribuição ineficiente. Atualmente, o arroz é fornecido por meio de intermediários, como cooperativas agrícolas, o que causa atrasos. O professor Oizumi da Universidade Miyagi sugere que o arroz seja vendido diretamente para varejistas e indústrias de serviços alimentícios, agilizando a entrega ao consumidor final.

Apesar da liberação das 210.000 toneladas de arroz de reserva, o fornecimento continua insuficiente, já que os estoques privados de arroz caíram de 2,74 milhões de toneladas para 2,3 milhões este ano, uma falta de 400.000 toneladas. Mesmo com a liberação das reservas, ainda há uma lacuna no abastecimento, o que levanta dúvidas sobre a alegação do governo de que não há escassez.

Aumento dos Custos de Produção Impacta Preços

Outro fator que contribui para os preços elevados é o aumento nos custos de produção. Recentemente, a cooperativa agrícola JA Zen-Noh anunciou o aumento do preço mínimo de compra do arroz premium Uonuma Koshihikari para 225.000 ienes por 60 quilos, um aumento de 5.500 ienes em relação ao ano anterior. Esse aumento reflete um aumento nos custos de produção, que acaba sendo repassado aos consumidores.

O professor Oizumi enfatiza que o sistema de fornecimento de arroz do Japão precisa ser revisto. Para garantir estabilidade no mercado de arroz, ele sugere que o governo se concentre em suporte a fazendas de grande escala e aumente a competitividade das exportações de arroz.

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