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Salários reais no Japão sobem após sete meses impulsionados por bônus de verão e consumo moderado

- 14 de setembro de 2025
Salários reais no Japão crescem após sete meses, com bônus de verão e consumo em alta. Entenda os impactos econômicos e sociais.

Salários reais no Japão crescem após sete meses, com bônus de verão e consumo em alta. Entenda os impactos econômicos e sociais.

Em julho, os salários reais no Japão registraram crescimento pela primeira vez em sete meses, impulsionados por generosos bônus de verão. Esse avanço coincidiu com o terceiro mês consecutivo de aumento nos gastos das famílias, segundo dados oficiais divulgados na sexta-feira.

Salários reais em alta após meses de retração

Os salários ajustados pela inflação subiram 0,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse indicador é essencial para avaliar o poder de compra das famílias japonesas. O último crescimento havia ocorrido em dezembro, com alta de 0,3%.

Destaques de julho:

  • Pagamentos especiais, como bônus, cresceram 7,9%.
  • Salário-base teve alta de 2,5%, o maior avanço em sete meses.
  • Horas extras subiram 3,3%, refletindo maior atividade corporativa.
  • Salário nominal médio chegou a ¥419.668 (US$ 2.848,49), com crescimento de 4,1%.

Inflação ainda desafia o consumo

Apesar dos números positivos, a inflação continua pressionando o orçamento das famílias. O índice utilizado pelo Ministério do Trabalho, que inclui alimentos frescos mas exclui aluguel, subiu 3,6% em julho. Embora esse ritmo seja o mais lento desde novembro, ainda supera a meta de 2% do Banco do Japão.

Segundo Masato Koike, economista do Sompo Institute Plus, o impacto dos bônus foi decisivo, mas insuficiente para sustentar o crescimento dos salários reais sem novos estímulos.

Banco do Japão e o dilema das taxas de juros

A recuperação salarial levanta dúvidas sobre a política monetária. Autoridades e analistas alertam que ainda é cedo para prever um aumento nas taxas de juros. O governador Kazuo Ueda destacou que os reajustes salariais estão se espalhando para além das grandes empresas, impulsionados pela escassez de mão de obra.

Consumo das famílias cresce, mas com cautela

Dados do Ministério de Assuntos Internos mostram que os gastos das famílias subiram 1,4% em julho, abaixo da expectativa de 2,3%. Em termos ajustados sazonalmente, o crescimento foi de 1,7%.

O aumento foi atribuído a maiores despesas com energia elétrica e automóveis. No entanto, os gastos com alimentos básicos seguem contidos, refletindo o impacto da inflação.

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