Descubra como a prisão da líder da Igreja da Unificação na Coreia do Sul impacta ex-seguidores no Japão e o processo de dissolução em andamento.
Ex-seguidores japoneses da Igreja da Unificação expressaram sua indignação após a prisão da líder da igreja, Han Hak-ja. O caso, que envolve acusações de suborno na Coreia do Sul, reacendeu as esperanças de que a verdade sobre as operações do grupo seja revelada e trouxe à tona o ressentimento de ex-membros que alegam exploração financeira.
A prisão de Han Hak-ja, conhecida como “Mãe Verdadeira”, ocorreu em Seul, onde um promotor especial a deteve sob a suspeita de subornar a esposa e um assessor do ex-presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol. Alega-se que parte dos fundos utilizados no suposto esquema pode ter vindo do Japão, onde a igreja enfrentou acusações de extorquir dinheiro de seus seguidores por meio de doações.
Indignação dos Ex-Seguidores no Japão
No Japão, a notícia da prisão foi recebida com uma mistura de raiva e alívio por ex-seguidores. Uma mulher de cerca de 70 anos, que deixou o grupo em 2022, contou ter doado aproximadamente ¥ 17 milhões. “Fui forçada a doar minhas economias para a aposentadoria”, afirmou ela, chocada com a possibilidade de os fundos terem sido usados em atividades ilegais. “Seria imperdoável se a líder tivesse usado esse dinheiro para fazer algo errado.”
O grupo Advogados de Todo o Japão pelas Vítimas da Igreja da Unificação divulgou um comunicado, reforçando que os fundos para as atividades ilícitas do grupo teriam origem no Japão, onde as vítimas foram privadas de seu dinheiro. A organização expressou a esperança de que a prisão ajude a trazer a verdade à tona.
Futuro da Igreja da Unificação no Japão
A prisão da líder da Igreja da Unificação pode ter um impacto significativo na estrutura e na influência do grupo, especialmente no Japão. Segundo o professor Tark Ji-il, especialista em questões religiosas, a detenção de Han Hak-ja, que foi deificada após a morte de seu marido, o fundador Moon Sun-myung, provavelmente “enfraquecerá o grupo”. Tark observou que é “difícil imaginar a Igreja da Unificação sem ela”, pois ela exercia uma forte liderança.
Ainda de acordo com o professor Tark, a influência de Han sobre o grupo no Japão continua forte. O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão já entrou com uma petição na Justiça para dissolver a organização, uma medida que já estaria drenando os cofres da igreja. “A Igreja da Unificação no Japão não pode evitar o enfraquecimento”, concluiu Tark.
O processo de dissolução está em andamento no Tribunal Superior de Tóquio. Para as vítimas, como a mulher de Hokuriku, o fim da organização é um desejo urgente. “Quero que o grupo seja dissolvido o mais rápido possível”, declarou ela.
**Portal Mundo-Nipo**
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