Nesta época do ano, onde a estação das flores de cerejeira está em seu ápice em Tokyo, e a região de Nara com o seu majestoso templo Todaiji Big Buddha estariam completamente cheios de pessoas de todos os lugares do mundo.
Este ano, foi a primeira vez que a indústria turística do Japão viu o país completamente deserto, sem visitantes locais ou estrangeiros.
A indústria do turismo é fortemente dependente da visita estrangeira e sofreu uma grande surra desde que a China proibiu a saída de seus cidadãos no final de janeiro.
A lojinha de suvenirs de Tadayuki Takiguchi foi a única que abriu nos últimos dias. O estabelecimento fica peto de um famoso parque de cervos em Nara, onde turistas costumavam parar para fotografar e brincar com os animais.
“Às vezes não vejo ninguém na rua”, disse Takiguchi. “Eu nunca vi nada assim.”
Nara estava entre as primeiras cidades japonesas atingidas pelo surto de vírus quando um motorista de ônibus local deu positivo para o vírus no final de janeiro, depois de transportar turistas de Wuhan, o epicentro da pandemia. Devido a isso, a China começou a proibir a saída dos seus cidadãos para viagens desnecessárias ao exterior.
“Os turistas chineses desapareceram rapidamente, seguidos por visitantes dos EUA e da Europa”, disse Takiguchi. “Hoje em dia, a maioria das lojas não se preocupa em abrir, algumas talvez com receio de clientes que possam espalhar o vírus”.
Até o final da semana passada o Japão já confirmou 2.400 casos de infecção. As autoridades ordenaram que as escolas deveriam ser fechadas e aconselharam as pessoas a não saírem de casa, com algumas empresas adotando medidas de teletrabalho (homeoffice) para proteger os cidadãos.
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