Advogados do ex-chefe da Nissan Motor Co., Carlos Ghosn, entraram com pedido de fiança junto a um tribunal de Tóquio na quinta-feira (28) pela terceira vez, já que ele permanece detido há mais de três meses por alegações de má conduta financeira.
O último pedido feito à Corte Distrital de Tóquio é o primeiro pedido de fiança por advogados recém-nomeados este mês, incluindo Junichiro Hironaka, conhecido por ter obtido absolvição em casos de alto perfil.
Sua equipe de defesa anterior, liderada por Motonari Otsuru, ex-chefe do esquadrão especial de promotores de Tóquio que investiga as alegações de má conduta financeira, fez dois pedidos em janeiro.
Um tribunal japonês, em princípio, concede fiança quando não há risco de um suspeito fugir ou destruir provas.
Ghosn, de 64 anos, foi acusado de subestimar sua remuneração por vários anos nos relatórios de títulos da Nissan e transferir as perdas com derivativos de sua empresa de administração de ativos privados para a montadora. Ele nega as alegações.
O ex-executivo compareceu ao tribunal no mês passado buscando uma explicação para sua continuada detenção, sua primeira aparição pública desde sua prisão em novembro. O tribunal disse que ele precisava ser detido, pois ele poderia destruir provas e fugir do Japão.
Hironaka, conhecido nos círculos judiciais como o “garantidor da absolvição”, disse aos repórteres que estar “confiante de que (Ghosn) é inocente” nas duas acusações e é “extremamente estranho que uma questão que deveria ser resolvida internamente por uma empresa tenha sido levada aos promotores”.
Fonte: KYODO
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