Vinte e dois agentes penitenciários da prisão de Nagoya supostamente cometeram mais de 400 casos de má conduta, incluindo agressão, segundo fontes.
Os agentes penitenciários supostamente agrediram três presidiários na faixa dos 40 a 60 anos várias vezes entre novembro de 2021 e agosto deste ano, batendo neles, borrifando álcool em seus rostos e agarrando-os pelo colarinho.
Segundo fontes e comunicados do Ministério da Justiça, houve mais de 100 casos de agressão física contra os três internos, com lesões confirmadas em um caso, e mais de 300 casos de tratamento inadequado, incluindo abuso verbal, como chamá-los de “idiotas” e jogar pratos e talheres em suas celas.
As autoridades estão considerando tomar medidas severas contra os policiais, que se acredita terem cometido a má conduta regularmente.
O Ministério da Justiça convocará um painel de especialistas para investigar a má conduta e formular medidas para evitar a reincidência.
A primeira reunião do painel pode acontecer até o final do ano.
“O uso de violência por oficiais em instalações correcionais nunca deve ser tolerado. Essas instituições devem respeitar os direitos humanos dos presos e tratá-los adequadamente”, disse o presidente da Federação Japonesa de Associações de Advogados, Motoji Kobayashi, em um comunicado divulgado na quarta-feira. “[Os incidentes] merecem a maior condenação.”
A declaração também se referiu aos incidentes na prisão de Nagoya em 2001 e 2002, nos quais dois internos foram mortos e um ficou ferido.
Kobayashi pediu investigações em todo o país por um painel independente e medidas eficazes para prevenir a reincidência.
“Que as agressões tenham ocorrido mais uma vez em grande escala e por um período prolongado na mesma prisão é extremamente grave”, disse ele no comunicado.