
Após a confissão de que a morte do jornalista Saudita, Jamal Khashoggi, aconteceu no consulado em Istambul, a Alemanha pediu nesta segunda-feira (22), que os parceiros europeus suspendessem a venda de armas para a Arábia até que o caso seja esclarecido.
O discurso do governo saudita negando que o jornalista tivesse morrido no dia 2 de setembro dentro do consulado em Istambul, na Turquia, mudou neste final de semana.
Segundo Adel al-Jubeir, ministro saudita das Relações Exteriores, Jamal foi vítima de um assassinato em uma operação não autorizada pelo príncipe Mohammed Ben Salman.
A justificativa foi aceita por Donald Trump, porém, os outros dirigentes, entre eles Angela Merkel, não foram convencidos. Merkel declarou no domingo que iria suspender a exportação de armas para a Arábia Saudita, sem intervenção nas vendas já aprovadas.
A Alemanha reforçou sua posição nesta segunda-feira, pedindo que os países europeus não assinassem novos tratatos de venda de armamento, até que Riaad explique o homicídio de Jamal.
“Se todos os países europeus chegarem a um acordo poderemos pressionar o governo de Riad”, afirmou Altmaier ao canal ZDF.
“Não acontecerá nenhum efeito positivo se apenas nós interrompermos as exportações e, ao mesmo tempo, outros países completarem o que não vendemos”, completou.
A Alemanha autorizou entre janeiro e setembro exportações de armamento para a Arábia Saudita no valor de 416,4 milhões de euros.
Fonte: Globo
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/10/22/alemanha-quer-suspender-venda-de-armas-para-sauditas-depois-de-assassinato-de-jornalista.ghtml.