
Pesquisadores de Kyoto avançam no tratamento com células iPS para Parkinson, oferecendo nova esperança aos pacientes. Veja os resultados do estudo.
O uso de células iPS no tratamento da doença de Parkinson acaba de dar um passo importante no Japão. Pesquisadores da Universidade de Kyoto realizaram com sucesso o transplante de células nervosas derivadas de células-tronco pluripotentes induzidas em pacientes com Parkinson, demonstrando segurança e eficácia clínica promissora.
O que são células iPS e como elas atuam no tratamento do Parkinson?
As células iPS (pluripotentes induzidas) são células adultas reprogramadas para um estado embrionário, capazes de se transformar em diferentes tipos celulares. No caso da doença de Parkinson, elas foram convertidas em células nervosas produtoras de dopamina, neurotransmissor cuja deficiência provoca os principais sintomas motores da doença.
Resultados do ensaio clínico
O estudo envolveu sete pacientes entre 50 e 60 anos, cujos sintomas não estavam mais sendo controlados por medicamentos. Cada paciente recebeu de 5 a 10 milhões de células progenitoras transplantadas nos dois lados do cérebro.
Os pacientes foram acompanhados por dois anos após o transplante. Os principais resultados incluem:
- Nenhum efeito adverso grave observado.
- Aumento na produção de dopamina cerebral.
- Melhora clínica dos sintomas em quatro dos seis pacientes avaliados quanto à eficácia.
Efeitos colaterais leves, como coceira em feridas e alterações temporárias na função renal, foram registrados, mas não comprometeram a segurança do tratamento.
Proximidade de um tratamento aprovado
Com os dados positivos, a Sumitomo Pharma pretende solicitar a aprovação para comercialização do tratamento até o final do ano fiscal de 2025. Caso aprovado, este será o segundo produto médico regenerativo com base em células iPS autorizado no Japão, após o uso de folhas de cardiomiócitos por uma startup da Universidade de Osaka.
Um marco para a medicina regenerativa
O estudo, publicado na revista Nature, representa um avanço significativo na luta contra a doença de Parkinson. A iniciativa mostra como a ciência japonesa está na vanguarda da biotecnologia e da medicina regenerativa, oferecendo novas esperanças a milhares de pacientes no Japão e no mundo.


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