Um homem brasileiro chamado André Kussunoki, de 33 anos, processou o governo japonês após sofrer ferimentos enquanto foi detido à força em uma instalação de imigração em Tokyo, no mês de outubro do ano passado.
Kussunoki entrou com uma ação judicial no Tribunal Distrital de Tokyo, alegando que a restrição física aplicada pelos funcionários do local era totalmente desnecessária.
Segundo Kussunoki, ao ser detido, seu ombro sofreu lesões que persistem até hoje. Ele está exigindo que, por conta disso, o estado pague 5 milhões de ienes em danos.
Nos documentos internos do Departamento de imigração, as autoridades tentaram transferir Kussunoki para um centro de imigração de Ushiku, mas ele resistiu a ordem e trancou-se no banheiro do local, fazendo com que 6 funcionários tivessem que removê-lo à força e algemá-lo.
Na versão de Kussunoki, seus dedos estavam sangrando depois do ocorrido e teve seu ombro lesionado por conta da força utilizada na contenção.
Depois de transferido, ele foi diagnosticado por um médico como tendo uma lesão no manguito rotador esquerdo. Ele também disse que os policiais continuaram usando a força, mesmo após ter se rendido.
“Embora eu tenha pedido às autoridades que explicassem por que era necessário me transferir, elas persistentemente disseram que essas explicações eram desnecessárias”, disse Kussunoki. “Não entendo por que eles tiveram que me restringir fisicamente, quando tudo o que precisavam fazer era explicar”, acrescentou.
Antes mesmo de Kussunoki, vários outros detidos reportaram terem sido feridos no departamento de imigração. Um curdo sofreu uma lesão no pescoço em maio do ano passado, e um turco quebrou o braço direito.
Os funcionários da Agência de Serviços de Imigração disseram que “a medida de restrição foi realizada utilizando a força física necessário e razoavelmente mínima para a violação do não-cumprimento de pedidos”.
Alguns críticos apontam que os detidos e os funcionários da imigração estão sob constate estresse, por conta do tempo em que eles ficam presos. Além disso, o governo também foi severamente criticado por manter detidos, sem uma ideia sobre quando serão enviados de volta aos seus países de origem.
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