Considerados não-humanos na sociedade da era feudal japonesa, essa classe de exilados enfrentou preconceito e discriminação no Japão durante muitos anos.
A sociedade japonesa era dividida em quatro castas sociais: Os samurais, mercadores, fazendeiros e artesãos, que eram liderados pelo Shogun seguido do Imperador e foi implementado por Toyotomi Hideyoshi ao final do século 16, baseado nos preceitos do budismo e do shinto.
Os samurais, no topo da pirâmide tinha o maior poder japonês por servirem diretamente aos senhores do Japão e representavam 10% da população.
Os fazendeiros estavam logo abaixo dos samurais, pois produziam alimentos e suprimentos para a sociedade de todas as classes e por isso eram considerados honrados.
Os artesões produziam praticamente tudo que era usado no dia a dia japonês, isso também inclui as espadas samurais. Embora não ganhassem muito, eles vivam em boas condições.
Os mercadores ocupavam o último lugar na casta e eram considerados parasitas por lucrar com o trabalho alheio.
Mesmo com sua má fama, muitos foram capazes de acumular fortunas com o comercio.
Burakumin
Os burakumins eram considerados impuros por trabalharem com vertentes que iam contra os preceitos da religião budista e Shinto e por isso eram excluídos das castas, sendo obrigado a viverem em guetos e vilas. Eles representavam 2% da população.
Eles mexiam com cadáveres, matavam animais, e eram responsáveis por executar pessoas e criminosos condenados.
Muitos eram prostitutas, mendigos e artistas de rua, para poderem sobreviver.
Parte da sua classe, os Eta, não poderiam subir de classe. Já os Hinins em caso de dificuldade financeira, como mães que foram obrigadas a se tornarem prostitutas, poderiam ascender caso casassem com alguém de castas maiores.
A vida não era fácil e para sobreviver as pessoas tinham que pegar os trabalhos que ninguém queria fazer.
Esse sistema chegou ao fim em 1871 durante a Era Meiji, mas ainda perdurou o preconceito por longos anos seguintes.