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Caças Chineses e Tensões no Pacífico Sobrevoos Próximos Aumentam Alerta

- 15 de junho de 2025
Descubra a escalada da tensão militar no Pacífico após caças chineses se aproximarem perigosamente de aviões japoneses. Saiba mais sobre a crescente assertividade militar da China e as implicações geopolíticas.

Descubra a escalada da tensão militar no Pacífico após caças chineses se aproximarem perigosamente de aviões japoneses. Saiba mais sobre a crescente assertividade militar da China e as implicações geopolíticas.

Caças chineses voaram perigosamente perto de aeronaves de patrulha japonesas sobre o Pacífico no último fim de semana, um incidente que Tóquio considerou uma “séria preocupação”. Este acontecimento surge após a detecção simultânea de dois porta-aviões chineses na região pela primeira vez, intensificando a tensão militar no Pacífico. As ações dos jatos chineses são vistas por autoridades japonesas e americanas como um sinal preocupante da crescente assertividade militar da China para além de suas fronteiras.


Incidentes e Respostas Oficiais

O secretário-chefe de gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, expressou “séria preocupação” e solicitou formalmente a Pequim que previna a recorrência de tais incidentes. Os sobrevoos próximos ocorreram em 7 e 8 de junho, quando jatos chineses chegaram a apenas 45 metros de aviões japoneses.

No sábado, um jato J-15 chinês, proveniente do porta-aviões Shandong, perseguiu uma aeronave de patrulha japonesa P-3C por cerca de 40 minutos. No domingo, outro J-15 perseguiu um P-3C por 80 minutos, cruzando à frente da aeronave japonesa a uma distância de apenas 900 metros. O Ministério da Defesa do Japão divulgou imagens do jato J-15 armado com mísseis, alertando que “tais aproximações anormais de aeronaves militares chinesas podem causar colisões acidentais”.


A Visão da China e o Contexto Geopolítico

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, declarou que as atividades militares chinesas estão “totalmente em conformidade com o direito internacional”. Ele atribuiu o risco à segurança marítima e aérea ao “reconhecimento próximo por navios e aviões japoneses das atividades militares normais da China”, pedindo ao Japão que interrompa o que classificou como “comportamento perigoso”. A China afirmou que as operações de seus porta-aviões, Shandong e Liaoning, eram “treinamento de rotina” sem países específicos como alvo.

A presença militar chinesa no sudeste do arquipélago japonês tem colocado Tóquio e seu aliado Washington em alerta máximo. O Japão busca o maior aumento militar desde a Segunda Guerra Mundial, em meio à intensificação do ambiente de segurança no Leste Asiático, incluindo a questão de Taiwan. O General Yoshihide Yoshida, Chefe do Estado-Maior Conjunto do Japão, enfatizou que o “senso de urgência está crescendo”, citando as mudanças unilaterais do status quo pela China no Mar da China Meridional. O embaixador dos EUA no Japão, George Glass, criticou as manobras chinesas, descrevendo-as como “agressões imprudentes” e mencionando incidentes anteriores com embarcações filipinas e vietnamitas, e aeronaves australianas.


Precedentes e Implicações

Em 2014, Tóquio já havia relatado sobrevoos de aeronaves militares chinesas a 30 metros de suas próprias aeronaves sobre o Mar da China Oriental, levando a protestos formais junto a Pequim. A recorrência desses incidentes ressalta a complexidade da tensão militar no Pacífico e a necessidade de diálogo para evitar escaladas.

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