A nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, do conservador LDP, prometeu rigor contra violações de estrangeiros, colocando a política de imigração no centro do debate nacional. Com a população estrangeira atingindo um recorde de 3,96 milhões e a escassez de mão de obra se intensificando, o governo planeja uma “estratégia populacional” até 2026 para definir metas numéricas e cotas para a aceitação de não japoneses, reformulando fundamentalmente a política migratória do país.
A Primeira-Ministra do Japão, Sanae Takaichi, encontrou-se com a Associação de Familiares de Vítimas de Sequestro Coreia do Norte. No seu primeiro encontro com o grupo, Takaichi expressou um forte desejo de realizar uma cúpula entre Japão e Coreia do Norte, prometendo “exercer liderança e fazer um avanço a todo custo” para resolver a questão. Ela pediu desculpas pela falta de progresso histórico e afirmou buscar cooperação internacional, incluindo o Presidente dos EUA, Donald Trump, para acelerar a solução. Familiares, como Sakie Yokota, mãe de Megumi Yokota, demonstraram esperança na nova liderança para superar o impasse.
O Japão reafirma que suas decisões sobre importações de energia, incluindo petróleo e gás russos, serão guiadas estritamente por seus interesses nacionais e pela prioridade máxima de garantir a Segurança Energética do Japão. A declaração do Ministro do Comércio, Yoji Muto, surge em resposta à pressão direta dos EUA para que o país suspenda todas as compras de energia russa. Apesar de ter feito um gesto simbólico ao reduzir o teto de preço do petróleo russo, Tóquio mantém uma crucial isenção devido à importância do projeto de GNL Sakhalin-2 para 3% de sua geração de eletricidade. O texto destaca o pragmatismo japonês diante da campanha de sanções dos EUA, que busca privar a Rússia de receitas de exportação, mas cujo impacto nos objetivos de Moscou tem sido limitado.
Sanae Takaichi, parlamentar ultraconservadora, foi eleita a nova primeira-ministra, tornando-se a primeira mulher a alcançar o mais alto cargo público no Japão. Conhecida por defender uma economia e um exército fortes, Takaichi surpreende por sua paixão pelo heavy metal (é fã de Iron Maiden e Yoshiki do X JAPAN), por motocicletas (Z400GP) e por ser faixa preta em caratê. Ela utiliza a bateria eletrônica para aliviar o estresse, mantendo um lado pessoal vibrante e determinado que contrasta com sua postura política rígida, inspirada em Margaret Thatcher.
A nova líder do PLD no Japão, Sanae Takaichi, gerou forte controvérsia ao declarar que “abandonaria o equilíbrio entre vida pessoal e profissional” logo após sua eleição. A declaração, vista por ela como um sinal de sua determinação em trabalhar arduamente pelo país, foi recebida de forma majoritariamente positiva (53%) pelas mulheres trabalhadoras no Japão em uma pesquisa, que a consideraram inspiradora e um sinal de seriedade. No entanto, uma parcela significativa (29%) expressou preocupação de que a fala possa deslegitimar as políticas de work-life balance nas empresas. O episódio reacendeu o debate sobre a cultura de longas jornadas e a liderança feminina na política japonesa.
Sohei Kamiya, líder do partido de extrema-direita Sanseito, levantou forte preocupação sobre a crescente busca de emprego por graduados universitários japoneses em empresas estrangeiras que operam no Japão. Em comício, ele argumentou que esta tendência pode prejudicar a economia nacional e questionou o uso de fundos públicos em universidades que, no final, formam profissionais para empresas não-japonesas. O discurso nacionalista e antiglobalista de Kamiya sugere que as políticas públicas devem priorizar o fortalecimento dos interesses nacionais, criando um sistema que promova escolhas alinhadas com o poder nacional, apesar de reconhecer a liberdade de escolha ocupacional garantida pela Constituição.