Partido de Extrema Direita estuda Mudança na Lei de Imigração

O aumento do poder político de direita no Japão ameaça o status migratório e os direitos dos dekasseguis brasileiros. O texto detalha como a introdução de requisitos mais rigorosos para o visto Teijūsha (exigências de idioma e estabilidade), a possível revogação do visto permanente por inadimplência, o aumento da competição no mercado de trabalho e as restrições a benefícios sociais e apoio educacional para os filhos podem afetar drasticamente a comunidade. O risco de cortes no Seikatsu Hogo e o fim do resgate parcial do Kosei Nenkin, em um cenário de déficit previdenciário, são os pontos centrais de preocupação para os dekasseguis brasileiros.

A Rotina Insana da Primeira-Ministra Japonesa e o Debate sobre Excesso de Trabalho no Japão

A primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, choca o país ao revelar que dorme apenas entre duas e quatro horas por noite, reacendendo o debate sobre o excesso de trabalho no Japão. Criticada por supostamente incentivar jornadas exaustivas, Takaichi defende a flexibilidade, mas a discussão sobre “karoshi” e a possível extensão de horas extras geram preocupação sobre o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, um desafio constante para os trabalhadores japoneses.

Japão Prepara Aumento Histórico nas Taxas de Visto a Partir de 2026

O governo japonês planeja um aumento nas taxas de visto para visitantes estrangeiros a partir de 2026, o primeiro desde 1978. A medida visa alinhar o Japão aos valores praticados globalmente e utilizar parte da receita extra para combater o turismo excessivo, que tem causado superlotação e danos ambientais em áreas populares devido ao recorde de 36,87 milhões de visitantes em 2024.

Japão Revela O Outro Lado Da Imigração Desafios E Oportunidades Em Oizumi

A cidade japonesa de Oizumi, com 20% de residentes estrangeiros, destaca-se em meio a debates sobre imigração no Japão. A interação entre locais e expatriados, embora desafiadora, mostra que a convivência é possível. Pesquisas indicam que o contato direto reduz o exclusivismo e que a percepção pública sobre xenofobia japonesa pode ser influenciada por pressões sociais. Para expatriados, a chave é buscar a integração ativa na comunidade.

Ministro da Justiça busca implementar o programa Plano Zero de Imigrantes Ilegais

A recente proposta do governo japonês para o controle imigratório, conhecida como Plano Zero Japão, enfrenta forte resistência política e social. O parlamentar Katsuyuki Shibata, do Partido Democrático Constitucional (PDC), criticou duramente a medida. Segundo reportagem do jornal Sankei, Shibata alerta que o nome escolhido para o plano pode estimular a discriminação e alimentar sentimentos xenófobos no país.

Críticas ao impacto social do Plano Zero Japão
Para Shibata, o termo utilizado na proposta reforça uma percepção equivocada de que estrangeiros em situação irregular representam automaticamente uma ameaça à sociedade.

“Para o cidadão comum, o nome sugere que essas pessoas representam um risco à segurança pública. Isso incentiva a ideia de que precisam ser eliminadas”, argumentou o parlamentar. Ele classifica como preocupante a contribuição do governo para alimentar posturas de exclusão social através do Plano Zero Japão.

A realidade dos imigrantes e a estigmatização
Outro ponto de tensão levantado é a generalização perigosa. A categoria “imigrantes ilegais”, muitas vezes alvo dessas políticas, inclui diversos grupos vulneráveis que não deveriam ser tratados como criminosos. Entre eles estão:

Solicitantes de refúgio que não tiveram o pedido reconhecido;

Vítimas de violência doméstica;

Vítimas de tráfico de pessoas;

Indivíduos que desconhecem os complexos procedimentos de imigração.

Shibata critica a ideia de colocar todos no mesmo grupo como “potencial ameaça criminosa”, pois isso não condiz com a realidade. Como alternativa menos estigmatizante ao Plano Zero Japão, ele sugeriu o uso do termo “não residentes regulares” (非正規滞在者).

Advogado de formação, o parlamentar ressaltou que, embora a permanência irregular seja uma violação da Lei de Imigração, isso não significa que essas pessoas cometam mais crimes comuns. “Pelo contrário: muitos evitam qualquer tipo de confusão, porque sabem que até pequenos incidentes podem levar à prisão”, afirmou. Dados indicam que a taxa de delitos entre este grupo (excluindo infrações migratórias) é frequentemente mais baixa do que entre japoneses ou estrangeiros com visto regular.

Governo justifica o endurecimento do controle
Em resposta às críticas sobre os efeitos negativos do Plano Zero Japão, Hiraguchi, representando o governo, reconheceu as percepções divergentes. No entanto, insistiu na necessidade de responder às inquietações crescentes da sociedade.

“Tem aumentado a inquietação em relação a estrangeiros que não cumprem as regras. O Parlamento também tem pedido medidas firmes. Para quem está em situação irregular, é necessário que passe a seguir a lei; por isso adotamos esse plano”, declarou.

Apesar dos alertas da oposição, o ministro reiterou que o objetivo não é promover a exclusão, mas garantir que o controle imigratório funcione estritamente conforme previsto na legislação.

Japão Restringe Vistos para uma Camada de Estrangeiros

O governo japonês, através da primeira-ministra Sanae Takaichi, anunciou o endurecimento e a regulamentação dos programas para trabalhadores estrangeiros, incluindo a imposição de limites, em resposta à crescente pressão do partido populista Sanseito e à preocupação pública. As novas medidas visam maior controle sobre a permanência de estrangeiros e os investimentos especulativos. Embora o Japão planeje expandir o número de aceitações no programa de Visto para Trabalhadores Qualificados Específicos (TSE), o cenário de maior fiscalização e a alta concorrência com jovens asiáticos exigem que os dekasseguis e expatriados invistam urgentemente em qualificação, como certificações japonesas e proficiência no idioma (JLPT/J-Test), para garantir a empregabilidade, a renovação do visto e o sucesso de seu projeto de vida no país.