Os religiosos temem que os costumes tradicionais possam levar à infecção.
Ao pisar no terreno de um santuário xintoísmo no Japão, uma das primeiras coisas que você notará é um pequeno pavilhão chamado chozuya, que tem uma fonte ou bacia de água no centro.
Antes de oferecer orações, você deve parar no chozuya e usar uma concha para enxaguar as mãos e o interior da boca. Essa prática tem suas raízes nas crenças xintoístas tradicionais sobre os efeitos espiritualmente purificantes da água e faz parte da cultura japonesa há séculos.
No entanto, o atual surto de coronavírus está afetando quase todos os aspectos da vida no Japão hoje em dia, e em um santuário no oeste de Tokyo decidiu mudar um pouco as coisas, pensando no bem da comunidade.
É o que mostra o Tweet de @okada37084639, quando ele chegou ao santuário Tatamitsu e viu as coisas bem diferentes do que ele costumava ver.
井の頭公園ほど近くの神社にて。 pic.twitter.com/c0ItNEFtk8
— ちょもすけ (@okada37084639) March 16, 2020
A fonte de água, que em Tamamitsu geralmente sai da boca da estátua do dragão, foi fechada, as conchas removidas e uma cobertura colocada sobre a bacia. Há também uma garrafa e uma placa que diz:
“Para impedir a disseminação do coronavírus, estamos realizando a purificação das mãos dos visitantes com esta solução anti-séptica.”
Como todo visitante de um santuário deve lavar as mãos ao entrar no local, assim que terminar de usar a concha, você deve coloca-la de volta na borda da bacia para o próximo visitante usar.
As conchas não são lavadas após cada uso, e no atual clima de saúde, os administradores do Santuário de Tamamitsu estão preocupados com o fato de qualquer contaminação.
A única desvantagem é que, como o alcool em gel é apenas para uso externo, obviamente os visitantes não podem usá-lo para enxaguar a boca. Na prática, porém, a maioria dos visitantes japoneses modernos do santuário ignora a lavagem da boca e apenas enxágua as mãos no chozuya, então não deve mudar muita coisa.
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