Emi Hiraoka e o Equilíbrio: Trabalhos Temporários e Vida Doméstica. Veja como a flexibilidade está transformando a rotina de muitos japoneses.
TÓQUIO – O número de registros para “gap jobs” no Japão, que permitem flexibilidade de horário para os trabalhadores, ultrapassou 25 milhões. Este aumento não só evidencia a escassez de mão de obra, mas também uma mudança nas atitudes dos trabalhadores japoneses. Emi Hiraoka, de 48 anos, exemplifica essa tendência ao equilibrar empregos temporários com suas responsabilidades domésticas, trabalhando de três a quatro vezes por semana, inclusive em um restaurante pela primeira vez.
Hiraoka já assumiu diversos empregos temporários anteriormente, ganhando cerca de 1.100 ienes por hora, com uma renda mensal entre 70.000 e 80.000 ienes. Ela busca utilizar seu tempo de forma eficiente.
Os restaurantes, como o que Hiraoka trabalha, recrutam principalmente para os fins de semana, mas idealmente buscam funcionários para compromissos de longo prazo. Yuko Takeshita, CEO da Kaminarimon Osugi, destaca a constante falta de pessoal e a necessidade de “mãos extras” em situações de emergência, com a intenção de negociar posições permanentes quando possível.
A escassez de mão de obra se estende além do setor de restaurantes. A Mercari Hello, que entrou no mercado de trabalho temporário em março, já conta com mais de 8 milhões de usuários. Desde 23 de outubro, tanto grandes corporações quanto pequenas empresas e empreendedores independentes podem anunciar vagas de emprego.
Asami Ota, Diretor Executivo da Mercari, afirma que o objetivo é tornar os empregos temporários mais acessíveis, criando um ambiente seguro e confiável para os usuários. Para evitar abusos, como “empregos no mercado negro”, a empresa implementa triagem rigorosa de empregadores e monitoramento das listas de empregos.
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