Entenda a nova política que dobrou os custos médicos Japão idosos com mais de 75 anos. Saiba como o aumento afeta orçamentos e a vida diária de milhões de aposentados.
Desde outubro de 2022, uma mudança significativa na política de saúde do Japão tem gerado preocupação, especialmente entre os cidadãos com 75 anos ou mais. A nova regra exige que alguns desses idosos paguem 20% de seus custos médicos no balcão, o que representa o dobro do encargo anterior. Para muitos pacientes, esse aumento nos custos médicos Japão idosos está apertando orçamentos familiares já limitados e suscitando temores sobre a gestão da vida cotidiana na aposentadoria.
A medida afeta cerca de 3,1 milhões de pessoas em todo o país. Até a reforma, a maioria dos cidadãos com 75 anos ou mais pagava apenas 10% de suas contas médicas. Contudo, desde 1º de outubro, o limite temporário de aumento de 3.000 ienes por mês foi abolido, implementando integralmente a coparticipação de 20% para consultas ambulatoriais para aqueles com determinados níveis de renda.
- Exemplo prático: Alguém com 50.000 ienes em custos médicos mensais, que antes pagava 8.000 ienes, agora paga 10.000 ienes.
A Realidade dos Idosos e os Custos de Saúde
A pressão financeira é palpável. Januma, um senhor de 77 anos que restaura máquinas de lavar em Saitama, complementa sua pensão com um trabalho de meio período, totalizando uma renda de cerca de 300.000 ienes. Mesmo com essa renda, ele se preocupa com o peso crescente dos custos médicos Japão idosos. “Não tem sido muito pesado, mas sei que continuará aumentando à medida que envelheço e vou ao hospital com mais frequência. É inevitável”, lamenta Januma, que considera ter que abrir mão até mesmo de seu hobby, o karaokê, para equilibrar as contas.
Em Tóquio, um homem de 83 anos que vive em uma residência assistida, com gastos mensais de 250.000 ienes, vê seus custos médicos mensais de 5.000 ienes subirem. Ele prevê ter que sacar de suas economias. Outros, como um casal, optam por pequenos sacrifícios: “Se tivermos que cortar em algum lugar, será na comida. Não há outra maneira a não ser economizar”, diz a esposa, que restringiu a compra de iguarias como enguia.
Preocupação nas Clínicas e o Risco de Evitar Tratamento
A confusão e a ansiedade foram visíveis nas clínicas locais em 1º de outubro. Uma paciente de 75 anos soube naquele dia que seu pagamento por consulta havia dobrado, passando para 430 ienes. Embora pareça um valor pequeno, o custo total mensal é significativo para ela.
Os médicos também estão alarmados. “Alguns [pacientes] deixam de fazer exames ou optam por medicamentos mais baratos para reduzir custos médicos Japão idosos“, relata o Dr. Ito, acrescentando que pacientes com diabetes e hipertensão já estão ficando sem receitas essenciais. Há um medo real de que o aumento das despesas leve os pacientes a evitar os cuidados necessários.
A Questão Geracional por Trás da Reforma
A reforma reflete uma complexa questão social e geracional. Cerca de 40% dos custos médicos para pessoas com 75 anos ou mais são pagos pela população em idade ativa. Com o rápido envelhecimento da população japonesa e a “geração baby-boom” chegando à terceira idade, esse fardo está se intensificando.
- O Objetivo da Reforma: Aliviar a pressão sobre as gerações mais jovens, solicitando que uma parcela dos idosos com renda mais alta arque com mais despesas de saúde.
Nomura, um analista de políticas, enfatiza a necessidade de rever o desperdício no sistema de saúde. A chave para a sustentabilidade, segundo especialistas em gerontologia, está em prolongar a expectativa de vida saudável – incentivando os idosos a permanecerem ativos e manterem conexões sociais, o que pode reduzir os custos médicos a longo prazo.
Para milhões de japoneses, como a idosa vista comprando alimentos com desconto, economizar nas necessidades diárias tornou-se crucial para compensar o aumento inevitável dos custos médicos Japão idosos. A discussão agora vai além da assistência médica, englobando todo o sistema de bem-estar social, no desafio de garantir que o envelhecimento da população não comprometa a dignidade e o prazer de viver na terceira idade.


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