Contexto Geopolítico: Tensão entre EUA, Taiwan e China. Explore as implicações da venda de armas em meio à pressão chinesa.
WASHINGTON/TAIPEI (Reuters) — O Pentágono anunciou na sexta-feira a aprovação de um significativo pacote de venda de armas para Taiwan, avaliado em US$ 2 bilhões. Este pacote inclui, pela primeira vez, a entrega de um sofisticado sistema de mísseis de defesa aérea, o NASAMS, que já foi testado em combate na Ucrânia.
Contexto da Venda
Os Estados Unidos, apesar da ausência de laços diplomáticos formais com Taiwan, são legalmente obrigados a fornecer à ilha os meios para sua autodefesa, uma situação que frequentemente irrita Pequim. A China, que reivindica Taiwan como parte de seu território, tem intensificado suas pressões militares sobre a ilha, realizando exercícios de guerra ao redor de Taiwan, especialmente após a posse de Lai Ching-te como presidente em maio.
Detalhes do Pacote de Armas
A Agência de Cooperação em Segurança de Defesa do Pentágono detalhou que a venda inclui US$ 1,16 bilhão em sistemas de mísseis e US$ 828 milhões em sistemas de radar. A RTX Corp será a principal contratante do sistema de mísseis. O pacote visa modernizar as forças armadas de Taiwan e manter uma capacidade defensiva robusta, contribuindo para a estabilidade política e o equilíbrio militar na região.
O sistema NASAMS, que inclui mísseis AMRAAM Extended Range, representa um avanço significativo nas capacidades de defesa aérea de Taiwan. Este sistema é atualmente operado apenas pela Austrália e Indonésia na região, além de Taiwan.
Reações e Implicações
O Ministério da Defesa de Taiwan saudou a venda, destacando a eficácia comprovada do NASAMS na Ucrânia e sua importância para fortalecer a defesa aérea da ilha frente às frequentes manobras militares chinesas. Taiwan continua a reforçar suas defesas, inclusive desenvolvendo seus próprios submarinos para proteger rotas marítimas críticas.
A China, por sua vez, mantém uma postura firme contra o presidente Lai, a quem considera um “separatista”, e rejeita suas propostas de diálogo. O governo chinês reafirma que o futuro de Taiwan está na reunificação com a China continental, rejeitando qualquer tentativa de independência.
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