O Tribunal Distrital de Tóquio rejeitou na quarta-feira (20) o pedido de novo julgamento apresentado pelo ex-parlamentar Muneo Suzuki, que cumpriu pena na prisão depois de ser condenado por quatro acusações, incluindo suborno e tráfico de influência.
A equipe de defesa de Suzuki planeja entrar com um recurso imediato.
Falando em uma coletiva de imprensa em Tóquio, Suzuki, 71 anos, ex-deputado da Câmara dos Deputados e chefe do Partido Novo Daichi, descreveu a decisão do tribunal como “lamentável”, como “esperava que o tribunal descobrisse a verdade”.
Quanto à alegação da defesa de que promotores forçaram as empresas que subornaram Suzuki a dar testemunhos falsos durante o julgamento, o juiz presidente Kazunori Karei disse que tais empresas e outras testemunhas haviam feito as mesmas confissões desde o início da investigação.
O advogado de Suzuki apresentou novas provas, sugerindo que o esquadrão de investigação especial do Ministério Público do Distrito de Tóquio fabricava um pretexto para o interrogatório. A equipe de defesa alegou que os promotores pressionaram as empresas e outros a darem seus depoimentos de acordo com esse falso cenário.
De acordo com a decisão judicial final, Suzuki recebeu um total de 11 milhões de ienes em propinas das empresas em troca de desempenhar um papel de intermediário entre eles e a Agência Florestal nos anos de 1997 e 1998.
Enquanto Suzuki afirmou categoricamente sua inocência durante o julgamento, o Tribunal Distrital de Tóquio, em novembro de 2004, condenou-o a dois anos de prisão e impôs uma multa de 11 milhões de ienes.
Em setembro de 2010, o Supremo Tribunal rejeitou um recurso apresentado por Suzuki. Ele foi encarcerado em dezembro de 2010, antes de ser libertado em condicionalmente um ano depois.
Suzuki apresentou o pedido de novo julgamento no Tribunal Distrital de Tóquio em 2012.
Fonte: JIJI
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