
China reage às tarifas dos EUA e alerta países da ASEAN sobre os riscos de acordos bilaterais. Entenda os impactos da guerra comercial China-EUA.
A guerra comercial entre China e Estados Unidos atingiu um novo patamar. Nesta segunda-feira, Pequim acusou Washington de abuso tarifário e alertou países da ASEAN contra acordos bilaterais que prejudiquem a China. O Ministério do Comércio chinês afirmou que responderá com “contramedidas resolutas e recíprocas”.
China reage às tarifas americanas
O governo Trump suspendeu tarifas a dezenas de países, exceto à China, que foi alvo de aumentos expressivos — chegando a 145%. Em resposta, Pequim impôs tarifas retaliatórias de 125% sobre produtos americanos, acirrando a disputa.
Além disso, os EUA adotaram sanções contra empresas chinesas de tecnologia e limitaram a exportação de chips de IA, afetando até gigantes como a Nvidia, que revelou prejuízos de US$ 5,5 bilhões com as restrições.
Países do Sudeste Asiático no centro da disputa
Comerciais da Tailândia, Indonésia e Malásia estão atualmente nos Estados Unidos para negociar acordos e amenizar os impactos das tarifas, que atingem até 49% em alguns casos. Esses países, fortemente dependentes da China em infraestrutura e consumo, hesitam em se alinhar totalmente a Washington.
O comércio entre China e ASEAN atingiu US$ 234 bilhões no primeiro trimestre de 2025, confirmando o papel estratégico da região. Os EUA, por sua vez, registraram um volume de US$ 476,8 bilhões com o bloco em 2024.
China busca ampliar alianças e denuncia intimidação
Pequim convocou uma reunião informal no Conselho de Segurança da ONU para denunciar os EUA por usar tarifas como arma geopolítica. O presidente Xi Jinping também visitou três países do Sudeste Asiático, incentivando uma resistência coletiva à pressão unilateral americana.
A China declara estar “derrubando muros” e buscando fortalecer parcerias comerciais globais. A mensagem é clara: Pequim está pronta para proteger seus interesses e manter sua posição estratégica no comércio mundial.
Considerações finais
A guerra comercial entre China e EUA está redefinindo alianças e estratégias econômicas, com a ASEAN no centro do conflito. Em um cenário de tensões crescentes, o mundo observa atentamente os próximos passos das duas maiores potências globais.


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